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Introdução de leguminosas forrageiras em áreas degradadas em propriedades familiares do P.A. Belo Horizonte

Priscila Duarte Malanski, Laura Angélica Ferreira

Resumo

RESUMO: A atividade pecuária é desenvolvida há pelo menos 20 anos no Projeto de Assentamento Belo Horizonte, localizado na área rural do município de São Domingos do Araguaia-PA. O resultado gerado por este longo tempo de exploração baseado em um manejo inadequado das pastagens é a degradação das áreas utilizadas que podem então ser abandonadas pelo agricultor para regeneração natural da vegetação ou passar por processo de reforma utilizando-se da mecanização ou do fogo, seguido ou não pelo plantio de gramínea. Neste contexto, o “Projeto Promover Inovações para o Fortalecimento da Agricultura Familiar em Assentamentos do Sudeste do Pará”, sob os princípios da agroecologia, propõe a introdução de espécies leguminosas forrageiras como alternativa para viabilizar o uso destas áreas e incrementar a dieta protéica do rebanho bovino. Esta alternativa será implantada com o formato de ação-teste em propriedades indicadas pela comunidade que atendam a critérios como disponibilidade de área, mão-de-obra e tempo. Para o preparo da área, será feito roço de foice e capina. No caso da puerária, será provocada a quebra de dormência das sementes através do método de imersão em água em temperatura ambiente por 12 horas. Serão formados grupos de famílias com as seguintes características: Família A: plantio de 1,5kg de sementes de puerária será efetuado com plantadeira a profundidade média de e 4 cm, em área de 1.500m2 com espaçamento de 40cm X 40cm; Família B: plantio a lanço de 0,8kg de sementes de puerária feito em área de 800m2; Para o amendoim forrageiro, as mudas serão plantadas em covas, com espaçamento de 50cm entre mudas e 50cm entre linhas, em área de 387m2; Família C: o plantio das mudas de amendoim forrageiro será feito em covas, em uma área de 400m2 em consórcio com bananeiras já estabelecidas, respeitando o espaçamento de 50cm entre mudas e 50cm entre linhas. Será feito acompanhamento das ações-teste através de visitas técnicas, realizadas em intervalos de 25 dias no espaço de tempo compreendido entre o plantio e o fim do período de crescimento vegetativo. Para cada ação-teste serão escolhidas aleatoriamente três amostras de referência, que serão acompanhadas para coleta de dados quantitativos. Os dados qualitativos serão expressos em porcentagem de ocupação da área entre as leguminosas e invasoras e solo descoberto; e da descrição do estádio fisiológico, presença de pragas e/ou doenças definindo o grau de severidade do ataque, caso exista. Tais parâmetros serão tomados como critérios de avaliação do crescimento e desenvolvimento das leguminosas forrageiras em condições de campo. Nas visitas, deve-se fazer registro fotográfico da ação-teste e tomar ciência das considerações dos agricultores, assim como das suas observações realizadas. Espera-se: i) Bom crescimento e desenvolvimento das espécies leguminosas forrageiras sob condições de campo; ii) Proteção do solo contra processos erosivos hídricos e eólicos, bem como da exposição direta ao sol; iii) Diminuir a proporção de espécies invasoras da área; iv) Melhorar as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo; vii) Viabilizar a utilização de áreas degradadas; viii) Uso das leguminosas forrageiras como fonte de proteínas na dieta do rebanho bovino. PALAVRAS-CHAVE: Pastagem, degradação, reforma, ação-teste.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/ragros.v1i1.1162

ISSN online 2318-0188