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Introdução de abelhas indígenas sem ferrão em sistema agroflorestal

Marisvaldo de Souza Franco, Alzira Gabriela da Silva

Resumo

RESUMO: O desenvolvimento de sistemas produtivos sustentáveis torna-se uma conscientização quanto à relevância do componente florestal proporcionando o surgimento de novas alternativas para sua introdução em diferentes sistemas produtivos, como os Sistemas Agroflorestais (SAFs). Baseado no conceito de sustentabilidade em que os estudos atuais concentram-se é de fundamental ocasião buscar práticas que permitam a execução desse pensamento. Neste contexto a criação racional de abelhas sem ferrão ou abelhas indígenas (meliponicultura) se enquadra perfeitamente nos conceitos de diversificação e melhor utilização das terras da Amazônia. É uma atividade que pode ser integrada à vegetação natural, a plantios florestais, de frutíferas e de culturas de ciclo curto e, em muitos casos pode contribuir para o aumento da produção agrícola, originando frutos maiores e em maior quantidade, através do serviço de polinização prestado pelas abelhas. Assim, o objetivo desse trabalho será, a priori, avaliar o desempenho agronômico, enquanto polinizadoras, das abelhas indígenas sem ferrão no SAF implantado na Escola Família Agrícola (EFA). As atividades serão realizadas a partir de maio de 2008 até o término da bolsa. As capturas dos enxames serão efetuadas em projetos de assentamento na microrregião de Marabá. Enquanto que a fixação dos ninhos será na Escola família Agrícola, localizada no Km 08, Rodovia Transamazônica, sentido Marabá-Itupiranga. Serão confeccionadas 10 caixas do tipo padrão desenvolvido pela EMBRAPA meliponários. Seguem as medidas sugeridas de 45 cm x 25 cm, compostas por duas melgueiras, um ninho e sobreninho. Os materiais listados para uso neste trabalho são: caixas racionais, faca e formão, seringa, fita adesiva branca, frascos transparentes e máquina fotográfica para o registro de imagens das atividades. Para a organização das atividades o processo foi dividido em etapas: identificação da área; tratar do plano de trabalho; transferência de colônia e coleta do mel; programar visitas mensais de manutenção ou aferição de adaptabilidade; escolha do local definitivo na EFA; construção da estrutura de suporte e transferência das caixas atuais para a EFA; implantação de manejo no meliponário experimental, incluindo controle de pragas, limpeza da área; e avaliação das colônias do meliponário; correção de possíveis falhas. Vale lembrar que é de fundamental importância a inclusão do proprietário do estabelecimento nas atividades diretas, o preparando para dar continuidade na criação. Com a introdução de abelhas sem ferrão em sistema agroflorestal espera-se criar SAF experimental com a utilização de abelhas sem ferrão no papel de polinizadoras dos vegetais e adaptadas ao novo habitat, ou seja, respondendo positivamente a transferência de colméia natural a colméias artificiais móveis, sem graves rejeições, ataques de predadores ou perca de enxame por quaisquer motivos. Assim tem-se a expectativa de se ampliar o campo de possibilidades, e reduzir os problemas em relação as polinização das espécies vegetais implantadas em SAF; Consequentemente, confirmar a relação pacífica do comportamento das abelhas do gênero Melíponas em contato com o ser humano; e obter um bom manejo do meliponário preparando uma estrutura segura na EFA para comportar as abelhas próximas ao SAF; e por fim, controlar as pragas comuns da criação de abelhas, como forídeos e formigas. PALAVRAS-CHAVE: Melíponas, polinizadora, alternativa, sustentável.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/ragros.v1i1.1169

ISSN online 2318-0188