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Discriminação na longue durée: padrões globais e estratégias locais

Manuela Boatca

Resumo

A discriminação com base em raça, etnia, gênero, origem, constituição corporal ou nível educacional é uma característica específica da modernidade ocidental. Na contribuição que se segue, sustentaremos a tese de que a discriminação de migrantes e minorias étnicas parte da mesma lógica de inclusão/exclusão que atrelou o projeto de construção de identidade dos estados nacionais modernos à patologização dos sujeitos (de direito) nas colônias extra-europeias. Trata-se, portanto, de um problema estrutural do sistema-mundo moderno que se manifesta em distintos contextos, como procuraremos ilustrar a partir de dois exemplos - os EUA e a Alemanha. Em cada um destes casos verifica-se uma autocompreensão distinta do que significa ser um ‘país de imigração’, tanto em termos socioculturais, quanto na forma que esta temática é apropriada politicamente. Busca-se, desta forma, explicitar as diferentes contextualizações históricas das práticas de discriminação e as suas respectivas consequências para a postura destes países diante de migrantes e minorias étnicas.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/hendu.v6i2.3878