Cabeçalho da página

Possibilidades de articulação teoria-e-prática por meio da investigação colaborativa: Uma proposta para o ensino de matemática

Itamar Miranda da Silva, Aline Andréia Nicolli, Tadeu Oliver Gonçalves

Resumo

Este trabalho versa sobre possibilidades de articulação teoria-e-prática, por meio da investigação colaborativa, como uma proposta para o professor enfrentar os desafios do cotidiano dinâmico, utilizando as ferramentas matemáticas. A metodologia fundamenta-se numa pesquisa bibliográfica, por meio da qual estudamos e analisamos vários livros, artigos e dissertações sobre a temática. A partir das leituras e análises, construímos uma proposta para abordar a investigação colaborativa como alternativa de articulação entre a teoria e prática, de forma a permitir mais dinamismo ao ensino de matemática, tendo como perspectiva o desenvolvimento de conhecimentos e práticas pedagógicas que contribuam para uma formação mais ampla, cidadã e crítica dos alunos e do professor. Foram levantadas, também, conjecturas sobre possíveis contribuições da investigação colaborativa entre professor e alunos em utilizar as tendências em Educação Matemática como alternativas diferenciadas. Acreditamos, assim, que este trabalho possa contribuir para uma reflexão sobre a importância da educação matemática na formação do licenciado em matemática, na qual, além do conhecimento disciplinar (conteúdos), são imprescindíveis os conhecimentos pedagógicos, curriculares e experienciais para enfrentar os obstáculos postos em relação ao ensino de matemática.


Palavras-chave

investigação colaborativa; educação matemática; currículo


Texto completo:

PDF

Referências


ARAGÃO, Rosália M. R. de. Questões de Autonomia e de Competência: Relações de qualidade educativa do trabalho docente.Anais do XXI Simpósio Brasileiro de Administração da Educação. III Congresso Luso-Brasileiro de Política e Administração da Educação, ANPAE, Recife, Nov.2003.

ASSUDE, Tereza.Elementos de reflexão sobre a análise e o desenvolvimento curricular. Versailles: IREM, 1998.

BOAVIDA, A. M., PONTE, J. P. Investigação colaborativa: potencialidades e problemas. In: GTI (Org.) Reflectir e investigar sobre a prática profissional. Lisboa: APM, p. 43-55, 2002.

BONDÍA, J. L. Notas sobre a experiência e o saber da experiência. Revista Brasileira de Educação. n. 19, p. 20-28. jan/fev/mar/abr. 2002.

CHRISTIANSEN, H. [et all]. Making the connections.In:CHRISTIANSEN,H. [et all]Recreating relationships: Collaboration and educational reform. New York, NY: State University of New York Press.p. 283-292, 1997.

CHRISTIANSEN,I.Are theories in mathematics education of any use to practice? For the Learning of Mathematics, 19(1), 1999, p. 20-23.

CLANDININ, J.S. Classroom practice: teacher Images in action. London: Falmer Press, 1986.

CONTRERAS, José. A autonomia de professores. São Paulo: Cortez, 2002.

FULLAN, M. Change forces: Probing the depths of educational reform. London: The Falmer Press, 1993.

FULLAN, M.,HARGREAVES, A. Teacher development and educational change.In M. London: Falmer Press, 1992, p.1-9.

GOULET, L., AUBICHON, B. Learning collaboration: Research in a first nations teacher education program. In: Christiansen, H [et all]. Recreating relationships: Collaboration and educational reform. New York, NY: State University of New York Press, p. 115-127, 1997.

GROSSMAN, P. Teachers’ knowledge.In:ANDERSON, L. (Ed.), International encyclopedia of teaching and teacher education (2nd edition). Pergamon.

IMBERNÓN, Francisco. Formação docente e profissional: formar-se para mudança e incerteza. São Paulo: Cortez, 2010.

OLSON, M. Collaboration: An epistemological shift. In: Christiansen, H. [et all] Recreating relationships: Collaboration and educational reform. New York, NY: State University of New York Press.p. 13-25, 1997.

PONTE, J. P. Concepções dos professores de matemática e processos de formação. In Educação Matemática: Temas de Investigação. Lisboa: IIE, p. 185-239, 1992.

PONTE, J. P., SERRAZINA, M. L. Professores e formadores investigam a sua própria prática. Zetetiké, 11(20), p. 51-84, 2003.

SCHÖN, D. A. Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e aprendizagem.Tradução de Roberto Cataldo Costa.Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

SHULMAN, L. Those who understand: Knowledge growth in teaching. Educational Researcher, 15, 4-14, 1986.

SIMÕES, C. O desenvolvimento do professor e a construção do conhecimento pedagógico. Aveiro: Fundação João Jacinto de Magalhães, 1996.

SKOVSMOSE, Ole. Educação matemática crítica: a questão da democracia. São Paulo: Papirus, 2001.

SKOVSMOSE, O.; VALERO, P. Breaking political neutrality: the critical engagement of mathematics education with democracy. In: ATWEH, B. [et all] (ed.). Sociocultural research on mathematics education: an international perspective. New Jersey: LEA, p. 37-55, 2001.

TAVARES, J. A aprendizagem como construção de conhecimento pela via da resolução de problemas e da reflexão. Aveiro: CIDInE, 1992.

YINGER,R. Examining thought in action: a theoretical and methodological critique of research on interactive teaching. Teaching and teacher education.Vol.2.n. 3. 1986, p. 263-282.




DOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazrecm.v8i15.1681

Direitos autorais 2011 CC-BY



Creative Commons License