Sexualidade no interior conservador brasileiro: uma experiência de educação para a diversidade sexual e de gênero em Foz do Iguaçu
Resumo
Assistimos em nível internacional ao auge de políticas e movimentos conservadores com ênfase na exaltação dos papéis dos gêneros tradicionais e no combate à assim chamada “ideologia de gênero” ao mesmo tempo em que parece ganhar força o chamado à defesa das identidades nacionais e das fronteiras, das famílias tradicionais, e da vida do nascituro em contra do aborto. Este artigo trata da experiência de extensão, pesquisa e educação sobre gênero e sexualidade, desenvolvida por uma universidade federal brasileira em uma cidade do interior do Paraná, localizada na tríplice fronteira do Brasil com Argentina e Paraguai. É importante notar que o Paraná é um estado considerado como extremamente conservador. Consideramos que iniciativas que incidem diretamente nas comunidades escolares, como as descritas neste artigo, se configuram como espaços pedagógicos de resistência, onde são trilhados caminhos possíveis para contribuir na criação de espaços educativos onde preconceito e discriminações por razões de gênero e sexualidade sejam problematizados e eliminados. Consideramos, além disso, que especialmente nesses tempos atuais de ataques globais aos direitos das mulheres, lésbicas, gays, pessoas trans e aos direitos humanos, é fundamental que, em nível local, continuem existindo e resistindo espaços de promoção a reflexão e à desconstrução de estruturas opressoras.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazonica.v8i2.5053
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