Participação social na saúde indígena: a aposta contra a assimetria no Brasil?
Resumo
Este artigo enfoca as práticas discursivas dos indígenas na luta pela redução das assimetrias nas políticas de saúde brasileiras. Nessas o discurso da “interculturalidade” se faz quase ausente, diferente do observado nas políticas de educação e em várias políticas indigenistas em outros contextos latino-americanos. O escrutínio de situações e documentos mostrou a ênfase na “participação social” e “atenção diferenciada”. A questão é qual o significado de não tomar o eixo da cultura, implícito na categoria “interculturalidade”, como mediador da defesa dos direitos indígenas na saúde? Para tal apresenta o subsistema de saúde indígena, se detém na 5ª CNSI para refletir sobre a categoria “participação social” e estabelecer um diálogo entre “atenção diferenciada” e “interculturalidade”, propondo que a luta dos indígenas na saúde tem se dado nos termos de garantir um diferencial de poder (político-estratégico e moral) a ser revertido a seu favor e não principalmente como conquista de direitos substantivos.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazonica.v9i2.5672
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