SOBRE CONTATOS E FRONTEIRAS: UM ENFOQUE ARQUEOLÓGICO
Resumo
Esse artigo propõe uma discussão sobre contatos culturais na região Amazônica no período pré-colonial. Para debater esse tema, utilizarei informações etnohistóricas e dados arqueológicos obtidos por pesquisas realizadas na região do baixo Tapajós, confrontando-os com outros contextos do baixo Amazonas, a fim de fundamentar a hipótese de interações culturais em escala regional sugerida pela ampla distribuição da cerâmica do Horizonte Inciso-Ponteado. Os dados indicam que grupos sociais interagiram no passado compartilhando redes de comunicação, ideias e cosmologias. Isso é percebido através do estudo da cultura material produzida e significada socialmente, a qual é entendida como indicador de vínculos sociais que transpunham fronteiras geográficas, bem como veículo de identidade cultural e agente ativo de pertencimento social. São apresentadas similaridades e distinções entre grupos que ocuparam a região em questão a partir da comparação das características de implantação dos sítios arqueológicos na paisagem e da cultura material, utilizando como estudo de caso a cerâmica do sítio arqueológico Alvorada, município de Itaituba, Pará.
Palavras-chave: Arqueologia do baixo rio Tapajós, cultura material, interações culturais e fronteiras.
DOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazonica.v4i1.890
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