REVISTA APOENA - Periódico dos Discentes de Filosofia da UFPA

NIILISMO E AS POTÊNCIAS DO FALSO: VIDA, ARTE E VERDADE EM NIETZSCHE E ORSON WELLES

Davison Roberto de Paula

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar as relações entre o niilismo e as potências do falso, a partir dos conceitos de vida, arte e a crítica à vontade de verdade na filosofia de Nietzsche e no cinema de Orson Welles, através do filme A marca da maldade. O niilismo caracterizado como o movimento de deslocamento do centro de gravidade da vida e a invenção de outro mundo, o mundo verdadeiro, empreendida como forma de vingança articula-se com a vontade de verdade. Nietzsche realiza por meio do método genealógico uma crítica ao valor da verdade. O homem verídico é, assim, a manifestação de uma vontade de nada que nega e deprecia a vida. A arte valoriza a aparência e faz emergir as potências do falso reestabelecendo a vida como vontade de aparência.


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Referências


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/apoena.v2i3.11481

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