REVISTA APOENA - Periódico dos Discentes de Filosofia da UFPA

Uma interpretação do papel da escuridão no sublime de Burke

Yves São Paulo

Resumo

John Locke interpreta que a luz causa mais dores do que a escuridão. A partir desta leitura, Edmund Burke realiza uma crítica ao seu antecessor para mostrar o papel da escuridão e da obscuridade no desenvolvimento das ideias de sublime. O sublime de Burke compreende a uma transformação da dor em deleite, quando a dor desaparece. Desta forma, a escuridão, sendo fonte de horror e dor, seria também uma das fontes para extrair ideias sublimes a partir da evocação de algo que se esconde por trás de sua miragem da ausência. Seguindo a leitura acerca do que é o sublime em Burke, do papel da escuridão em promover o sublime, do conflito entre escuridão e luz, será feita a interpretação de uma obra fílmica – O Sétimo Selo, de Ingmar Bergman – e de uma obra literária – Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago. Em ambos os casos serão notados o papel da obscuridade, mas a partir de imagens divergentes.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/apoena.v3i6.12244

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