Cadernos CEPEC

Reflexões sobre disciplinas, disciplinaridades e a construção de um objeto de estudo.

Sérgio Luiz Rivero

Resumo

O século XX experimentou um enorme crescimento das ciências naturais. O número de cientistas e engenheiros no mundo, segundo dados da UNESCO citados por Eric Hobsbawm [HOBSBAWM, 1994], cresceu enormemente neste período. Em 1970 as estimativas eram de algo em torno de 5 milhões de cientistas e engenheiros trabalhando no mundo. Deste número, pouco mais de 2 milhões estavam nos EUA e Europa. Em 1980 o número total de cientistas representava cerca de 2% da população mundial, nos EUA este número ficava em torno de 5%. Deste percentual o peso maior era daqueles ligados às ciências naturais. As chamadas hard sciences tornaram-se as fontes principais das inovações tecnológicas. Estas inovações passaram a ser elementos cada vez mais determinantes nos processos de desenvolvimento de indústrias e mesmo de setores econômicos inteiros. Este artigo analisa como a produção de conhecimento científico se tornou, cada vez mais, uma atividade superespecializada produzida por grupos de pessoas com formação específica densa compartilhando a mesma linguagem e trabalhando em problemas comuns.


Palavras-chave

Desenvolvimento, História Econômica, Ciência


Texto completo:

PDF

Referências


BOURDIEU, Pierre. Campo do Poder, Campo Intelectual e Habitus de Classe. In: A Economia das Trocas Simbólicas, São Paulo, Perspectiva, 1999

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo, Atlas, 1994.

HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991, São Paulo, Companhia das Letras, 1994.

KUHN, Thomas. A Estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo: Perspectiva, 2006.

GELL-MANN, Murray. O Quark e o Jaguar: As aventuras no Simples e no Complexo. Rio de Janeiro, Rocco, 1996.




DOI: http://dx.doi.org/10.18542/cepec.v1i1-6.6769

Apontamentos

  • Não há apontamentos.