Apresentação
Resumo
Chegamos ao volume 8 (1) de 2019 dos Cadernos CEPEC com este número completamos oito anos de publicação, estabelecendo um canal de publicização de trabalhos científicos de qualidade reconhecida e se consolida no meio acadêmico. Segundo a atual avaliação (2016) do sistema Qualis de Periódicos da CAPES (https://goo.gl/mnh5ll) somos B4 nas áreas de Economia e Ciências Ambientais, B5 na Interdisciplinar e B2 no Planejamento Urbano e Regional/Demografia.
Neste número trazemos seis artigos. O primeiro artigo de Alencar et al., propõe uma agenda de pesquisa para economia regional e o processo de financeirização. Os autores observam que a financeirização da economia é cada vez mais clara com o crescimento do papel do crédito, sendo que se observa diversos desdobramentos regionais nos quais os resultados sugerem que a perspectiva regional ainda precisa avançar na literatura para envolver o papel de políticas monetárias e o próprio desenvolvimento das regiões.
O segundo artigo de Fabricio Jose Missio trata do Fundo para a Convergência Estrutural (FOCEM) do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), tecendo considerações preliminares quanto a sua funcionalidade em termos do desenvolvimento regional. Os principais resultados mostram que o fundo tem contribuído para a diminuição das assimetrias regionais, apesar do seu limitado alcance.
O terceiro trabalho exposto é de Adejard Gaia Cruz, trazendo uma análise histórica comparativa entre dois momentos da economia regional paraense: os ciclos da borracha e do minério de ferro, o autor denota que tanto a extração de borracha como a produção atual de minério de ferro representaram, em diferentes épocas, atividades alternativas de transformação econômica e social, mas que em termos históricos não conseguiram se constituir em vetores de desenvolvimento para o estado do Pará e sua região.
O quarto artigo de Valcir Bispo Santos trás a analise dos “acordos de pesca” praticados por comunidades ribeirinhas da Amazônia Oriental, nas ilhas do município de Cametá, na região do Baixo Tocantins – nordeste do estado do Pará, no estuário da bacia do rio Amazonas – tendo em vista, sobretudo, a sua dinâmica interna e os recursos endógenos que articula e mobiliza. O autor se propõe interpretar os acordos de pesca como práticas de desenvolvimento territorial a partir de uma abordagem situada no campo institucionalista da teoria econômica.
O quinto artigo de Rodarte e Libânio investiga a relação entre crescimento econômico e oferta de mão de obra para a economia brasileira, levando em conta uma característica marcante do nosso mercado de trabalho, qual seja a grande presença de trabalhadores em situação precária no emprego. Assim, o lado informal do mercado de trabalho atuaria como fornecedor de mão de obra para o setor formal, o que realimentaria o crescimento do produto e por sua vez levaria à redução da informalidade, para isso os autores fazem uso de um modelo VAR.
Por fim, no sexto artigo Nathálya e Trindade buscam tratar a questão da vulnerabilidade externa regional do Estado do Pará relacionando o mesmo com os demais Estados brasileiros, levando em consideração a dinâmica de acumulação de cada unidade federativa, bem como o processo de desenvolvimento regional das mesmas, a partir da análise de índices de vulnerabilidade econômica regional.
Boa leitura e ensejamos que divulguem a produção publicada nos Cadernos CEPEC, inclusive em suas redes sociais.
Editores
José Raimundo Trindade
Sérgio Luis RiveroPalavras-chave
CEPEC
Texto completo:
PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/cepec.v8i1.7761
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