Complexitas – Revista de Filosofia Temática

O ESTRANHO E O ORIENTE: HORIZONTES DA HERMENÊUTICA DA COEXISTÊNCIA COTIDIANA DE MARTIN HEIDEGGER

Bráulio Marques Rodrigues, Arnin Rommel Pinheiro Braga

Resumo

Já em Ser e Tempo (1927), Martin Heidegger enuncia como a tarefa do pensamento que corresponde a um modo de pensar que deve partir do diálogo imediato com outros, promovendo uma abertura cognitiva e hermenêutica que exercita uma nova forma de enxergar no pensamento. O objeto de interpretação neste trabalho é o poema O estranho, de Max Martins, no qual se busca enxergar como se dá essa relação com o outro onde o estranhamento pode ser característico de um encontro com a diferença e com a projeção da constituição ontológica do ente, onde o oriente, ou o orientalismo, pode ser abordado em uma dimensão figurativa, ou seja, na representação de um outro idealizado que surge do esvaziamento discursivo do caráter histórico do Dasein (ser-aí). A fundamentação será baseada em Ser e Tempo da e na leitura heideggeriana da Retórica de Aristóteles como hermenêutica do ser-aí no convívio cotidiano com os outros.


Palavras-chave

Max Martins; Oriente; Heidegger; Poesia; Hermenêutica.


Texto completo:

PDF

Referências


ADORNO, T; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento. São Paulo: Leya, 1985.

ARISTÓTELES. Poética. São Paulo: ARTMED, 2008.

ARISTÓTELES. Retórica. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012.

BARTHES, R. Fragmentos de um discurso amoroso. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2003.

COSTA, V. Heidegger. São Paulo: Ideias e Letras, 2015.

GIACÓIA JÚNIOR, O. Heidegger urgente: introdução a um novo pensar. São Paulo: Três estrelas, 2013.

HEIDEGGER, M. A origem da obra de arte. Lisboa: Edições 70, 2007.

HEIDEGGER, M. Explicações da poesia de Hördelin. Brasilia: UNB, 2014.

HEIDEGGER, M. Introducción a la fenomenología de la religión. México: Siruela, 2006.

HEIDEGGER, M. Interpretações fenomenológicas sobre Aristóteles. São Paulo: Vozes, 2011.

HEIDEGGER, M. Marcas do caminho. São Paulo: Vozes, 2008.

HEIDEGGER, M. Que é Metafísica? São Paulo: Duas Cidades, 1969.

HEIDEGGER, M. Ser e tempo. São Paulo: Editora Unicamp, 2012.

KANT, I. Crítica da razão pura. São Paulo: Vozes, 2012.

LOPARIC, Z. Esboço do paradigma winnicottiano. Cadernos de história de filosofia da ciência, Campinas, v. 11, n. 2, pp. 7-58, 2001.

LOPARIC, Z. De Freud a Winnicott: aspectos de uma mudança paradigmática. Revista de Filosofia e Psicanálise Natureza Humana, Campinas, v. 8,n.1, pp. 21-47, 2006.

MARTINS, M. O estranho. Belém: Edufpa, 2015.

MOOSBURGER, L. 2007.A Origem da Obra de Arte de Martin Heidegger: Tradução, Comentário e Notas. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Programa de Pós-Graduação em Filosofia.

NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. São Paulo: Companhia de bolso, 2009.

NIETZSCHE, F. Vontade de potência. São Paulo: Vozes, 2011.

NUNES, B. O tempo na narrativa. São Paulo: Ed. Loyola, 2013.

PLATÃO. A república. Belém: Edufpa, 2000.

POPPER, K. O mundo de Parmênides: ensaios sobre o iluminismo pré-socrático. São Paulo: Unesp, 2014.

SAFRANSKI, R. Romantismo: uma questão alemã. São Paulo: Estação Liberdade, 2010.

SAID, E. Orientalismo: o oriente como invenção do ocidente. São Paulo: Companhia de bolso, 2007.

WINNICOTT, D. O brincar. Uma exposição teórica. In O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1968.




DOI: http://dx.doi.org/10.18542/complexitas.v6i2.14760



Direitos autorais 2023 Complexitas – Revista de Filosofia Temática

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.


Licença Creative Commons
Complexitas - Revista de Filosofia Temática. ISSN:2525-4154 (online) - Email:revistacomplexitas@gmail.com. Está obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.