Complexitas – Revista de Filosofia Temática

Sobrevivendo a Suicídios e SARS: as (des)graças e a quarentena

Rebeca Míriam Siqueira Coelho

Resumo

Neste artigo, irei abordar como tem decorrido a vida desde os momentos precedentes ao surgimento da pandemia da COVID-19, assim como a sua consequente quarentena. Este artigo será completamente subjetivo, escrito em 1° pessoa do singular, visando exprimir ao máximo as percepções obtidas por mim, a autora. As referências bibliográficas serão pautadas por obras literárias, pois ao meu ver, a literatura pode deixar com suas metáforas e analogias, aproximar-se das emoções e afetos sentidos neste período. Já que a pandemia se dá por catalogada em dezembro de 2019, eu achei juz iniciar meus apontamentos a partir de setembro de 2019, alguns meses anteriores ao fato histórico, quando ocorre um grande marco na minha vida: o suicídio da minha melhor amiga, vindo um episódio parecido a se repetir, com outro suicídio há poucos dias após o primeiro. O ano de 2020 tem sido para nós habitantes deste planeta, um grande aprendizado, apesar de tantas perdas e dores. No meu caso, está sendo apenas a continuação de 2019. O atual ano está sendo de reformulações e frustrações contínuas, até que haja uma estabilização de tanto caos. O futuro ainda se demonstra incerto, podemos nele lançar a luz de que possa vir a vacina para combater o avanço do contágio. Isso só pode ser possível através de um investimento nas ciências. Mas ainda focando no presente, entretanto, sem perder as esperanças de dias melhores, devemos agir e manter comportamentos saudáveis, buscar mais informações e fazermos diariamente formas de estarmos mentalmente bem, cultivando sempre que pudermos, e tivermos consciência para tal, pensamentos positivos, sem, é claro, deixar de extravasar a dor, manter a catarse e liberação daquilo que não nos deixa confortáveis consigo próprio. A Psicologia, exercício que escolhi para minha vida, nunca foi tão necessária e melhor recomendável para enfrentar estes momentos avassaladores. 

 


Palavras-chave

suicídio; pandemia; saúde mental


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Referências


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/complexitas.v5i1.9350



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