Memórias Silenciadas: os modos de viver das quebradeiras de coco de São Miguel do Tocantins
Resumo
Tendo como foco as quebradeiras de coco babaçu da cidade de São Miguel do Tocantins, região do Bico do Papagaio/TO, este artigo traz as estratégias de resistência dessas mulheres representadas pela luta por terra e permanência no território, por autoafirmação enquanto grupo social e por manutenção dos modos de vida individual e coletivo. A partir das memórias e narrativas que construíram suas identidades e culturas, a força da oralidade leva adiante histórias e tradições. Ao romperem com o anonimato que lhes foi imposto, essas mulheres transformam-se em guerreiras cujas armas são o seu ofício.
Texto completo:
PDFReferências
AKOTIRENE, Carla. O que é interseccionalidade. Belo Horizonte: Letramento, 2018.
BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velhos. 2. ed. São Paulo: T. A. Queiroz, 1983.
BOURDIEU, P. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2007.
BRITO, K. S. Não Existe Babaçu Livre em Terra Presa. 2019. 159 f. Dissertação (Mestrado em Cartografia Social e Política da Amazônia) - Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Estadual do Maranhão. São Luiz/MA, 2019.
CANTO DE TRABALHO. Xote das quebradeiras de coco. Disponível em: https://lyricstranslate.com/pt-br/cantos-de-trabalho-xote-das-quebradeiras-de-coco-lyrics.html. Acesso em: 12 abr. 2020.
CORMINEIRO, O. M. M. Trilhas, Veredas e Ribeiras: Os Modos de Viver dos Sertanejos Pobres nos Vales dos rios Araguaia e Tocantins (Séculos XIX e XX). Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) - Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia/MG, 2010. 259 f.
DOCUMENTÁRIO: Raimunda, A Quebradeira. Produção de Public propaganda e Marketing. Coprodução da Fundação Padre Anchieta TV Cultura, Rede Sat/TV Palmas-TO. Edição II DOC TV. Cineasta: Marcelo Silva. Coordenação Louislene de Jesus P. Souza. Palmas: Public Propaganda e Marketing, 2007. DVD (51min.55s.), son., color.
FERRAZ, S. O movimento camponês no Bico do Papagaio: Sete barracas em busca de um elo. Imperatriz: Ética editora, 1998.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1987.
HAESBAERT, R. Território e Multiterritorialidade: Um debate. Revista Geografia. Ano IX, n. 17, 2007. p. 19-46.
HAESBERT, R. Mito desterritorialização. 2 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006b.
HAESBAERT, R. Território Alternativos. 2 ed. São Paulo: Contexto, 2006a.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. 11 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
HALL, S. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.
Histórico, Secretaria Municipal de Cultura, Prefeitura do Município de São Paulo. O direito à memória, patrimônio histórico e cidadania, DHP, 1992, p. 31.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Coordenadoria de Agroextrativismo. Secretaria de Coordenação da Amazônia. O Chamado do babaçu: Produtos para conservar os palmeirais. 2003.
POLLAK, M. Estudos Históricos: Memória e identidade social. V.05, n.10, 1992, p. 200-212.
POMBO, O. Práticas Interdisciplinares. Dossiê [online]. Sociologia, Porto Alegre, ano 8. Jan/julho 2006, p.208-249. Disponível em: http//www.scielo.br/pdf/n15. Pdf. Acesso em: 15 jul. 2019.
RIBEIRO. Djamila. O que é Lugar de Fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017.
RICOEUR, P. A memória, a história, o esquecimento. Tradução de Alain François [et al.]. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2007.
SANTOS, Juscelino Laurindo. 2021. As filhas das palmeiras do coco babaçu: memórias e narrativas de modos de vida de quebradeiras de coco de São Miguel do Tocantins (TO). 131 f. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Estudo de Cultura e Território, Universidade Federal do Tocantins, Araguaína.
SAQUET, M. Para (re)pensar a geografia: colonização italiana, tempo e territórios, Anais do XIII Encontros Nacional de Geógrafos, 2003, UFPA/ AGB, João Pessoa/ PB, p. 1-14.
SECOM. Portal de Turismo do Estado do Tocantins. Turismo do Tocantins. Bico do Papagaio. Palmas, 2020. Disponível em: https://turismo.to.gov.br/regioes-turisticas/bico-do-papagaio. Acesso em: 10 abr. 2020.
SILVA, E. N. Memórias de uma territorialização na construção do lugar e da paisagem: cultura e modos de viver dos narradores da Ribeira. 2017. 123 f. Dissertação (Mestrado em Cultura e Território) - Programa de Pós-graduação em Estudos de Cultura e Território da Universidade Federal do Tocantins. Araguaína, 2017.
SILVA NETO, N. M. Trabalho como símbolo: Ensaios sobre a dimensão simbólica do trabalho no coco no Bico do Papagaio. In: XIX Encontro Nacional do COMPEDI, 2010, Fortaleza. Anais eletrônicos. Fortaleza/CE, 2010, p. 8.439-8.462.
THOMPSON, E. P. As peculiaridades dos ingleses e outros artigos. Org. e trad. Antonio Luigi Nero e Sergio Silva. Campinas: Editora da Unicamp, 1998.
THOMPSON, E. P. A formação da classe operária inglesa. Trad. Renato Busatto Neto e Cláudia Rocha de Almeida. 2. ed., São Paulo: Editora Paz e Terra Ltda, 2012.
DOI: http://dx.doi.org/10.18542/rcga.v1i23.15081
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Revista Científica Gênero na Amazônia - Periodicidade semestral - Qualis B-2 - unificado referente ao quadriênio 2017-2022
Redes sociais virtuais:
https://www.facebook.com/projetogepem/
https://www.instagram.com/gepemufpa/
https://gepemacontece.blogspot.com/
https://www.observatorioregional-gepem.com.br/
E-mail para contato:
generonaamazonia@gmail.com