O Bloco do Rebuceteio: rede de apoio nos corpos territórios em performance carnavalesca
Resumo
A fim de sustentar uma prática contrária aos padrões patriarcais e as performances heteronormativas, o bloco do Rebuceteio marcou posição por meio das memórias dos integrantes dele, através da identidade de gênero representadas socialmente nas performances de rua ocorridas durante os quatro anos de evento. Ainda é proposta desse trabalho averiguar as situações de violência física e simbólica ocorridas tanto no interior dele, entre pares, quanto a que foi estabelecida com o público externo ao bloco, quando de sua passagem nas ruas, em outras palavras, entre os objetivos específicos desse trabalho está o da análise do pilar dessa violência, ou seja, qual a estrutura histórico cultural que sustenta a violência contra a identidade de gêneros? Portanto, o aporte teórico metodológico da pesquisa que guiará a compreensão dessa problemá- tica é a corrente dos estudos subalternos da América Latina no âmbito do decolonialismo, além da História Cultural que servirão como suporte para a investigação do contexto social que engendra a construção dessa violência e os estudos de gênero.
Palavras Chave: Identidade. Gênero. Carnaval. Corpo. Território.
Texto completo:
PDFReferências
ALMEIDA, Sandra. "Prefácio". IN: SPIVAK, Gayatri. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010.
BILGE, Sirma. Théorisations féministes de l'intersectionnalité. Diogène, 1 (225): 70-88. 2009.
BLOCH, Marc. Apologia da História ou O Ofício de Historiador. Rio de Janeiro: ed. Zahar, 2001.
BUTLER, Judith. Gender Trouble – Feminism and the Subversion of identity. Londres, Routledge, Chapman & Hall, Inc., 1990.
_______. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Trad. Renato Aguiar. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
COLENTANI, Francesca G. Feminismos desde Abya Yala. Ideas y proposiciones de las mujeres de 607 pueblos en nuestra América. Ed. Corte y Confección, Ciudad de México, Primera edición digital, 2014. Disponible en: http://francescagargallo.wordpress.com/
COSTA, Antonio Maurício Dias da. A questão do popular na música da Amazônia paraense da primeira metade do século XX. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, v. 63, 2016, p. 86-102.
______, Antonio Maurício Dias da ; GOMES, Fernando Henrique da Silva. O Carnaval da Saudade e a política cultural da Secretaria de Cultura do Pará. Revista NUPEM, Campo Mourão, v. 13, n. 28, p. 241-259, jan./abr. 2021.
CRENSHAW, Kimberlé W. Mapping the margins: intersectionality, identity politics and violence against women of color. In: FINEMAN, Martha Albertson; MYKITUK, Roxanne (orgs.). The public nature of private violence. Nova York, Routledge, pp. 93-118, 1994.
CRUZ, Carlos Vera; RAMOS, Marcelo. Bocetas, flores do tempo. Belém: Casarão Floresta Sonora, 2019.
______. Samba Enredo. Belém: Casarão Floresta Sonora, 2016.
______. Samba Enredo. Belém: Casarão Floresta Sonora, 2017.
______. Samba Enredo. Belém: Casarão Floresta Sonora, 2018.
DAVIS, Natalie. Z. Culturas do povo: Sociedade e cultura no início da França Moderna. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1990.
FREITAS, Sonia Maria de. História oral: possibilidades e procedimentos. 2. ed. – São Paulo: Associação Editorial Humanitas, 2006.
GAY, Peter. Freud: uma vida para o nosso tempo. Trad. Denise Bottmann. 1.a ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
GOMES, A. de C. Escrita de si, escrita da história: a título de prólogo. In: _______. Escrita de si, escrita da história. Rio de Janeiro: editora FGV, 2004. p. 7-24.
GOMES, Romeu et al. Gênero, direitos sexuais e suas implicações na saúde. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2018, v. 23, n. 6.
HALL, Stuart. The local and the global: globalization and ethnicity.. IN: D. Anthony (Ed.), Culture, globalization and the world system. Contemporary conditions for the Representation of identity
(pp. 18- 68). Minneapolis: University of Minnesota Press. 1997.
HIRATA, Helena et al (Orgs). Dicionário crítico do feminismo. São Paulo: Unesp, 2009.
________. Gênero, classe e raça Interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Tempo Social:
revista de sociologia da USP, v. 26, n. 1, gênero, pp. 61-73, junho 2014.
KERGOAT, Danièle. Divisão sexual do trabalho e relações sociais de sexo. In: HIRATA, Helena. et al (orgs.). Dicionário Crítico do Feminismo. São Paulo: Editora UNESP, 2009, pp. 67-75 20
LE GOFF, J. Os sonhos na cultura e na psicologia colectiva do Ocidente medieval. In:______. Para um novo conceito de Idade Média. Lisboa: Editorial Estampa, 1993 (1977).
______. Documento/monumento. In:______. História e memória. Trad. Bernardo Leitão et al. São Paulo: Editora da Unicamp, 1990.
LERNER, Gerda. La Creación del Patriarcado. Barcelona: Editorial Crítica, 1990.
LIMA, Adriane R.S. de Lima. Não somos uma, somos diversas: por uma epistemologia das mulheres do Sul. In: Educação para mulheres na América Latina: um olhar decolonial sobre o pensamento de Nísia Floresta e Soledad Acosta de Samper. Curitiba: Appris, 2019.
LUGONES, María. Hacia un feminismo descolonial. La manzana de la discórdia. Universidad Andina Simón Bolívar del Ecuador, vol 6, nº2, 2011, p. 105-119.
MALUF, Marina. Ruídos da memória. São Paulo: Siciliano, 1995. p. 195-222.
PANTOJA, Flaviana de Moraes. Das recatadas d'A Palavra às modernas da Folha do Norte: mulheres nas páginas de jornais paraenses (1940-1945). Dissertação de mestrado. 2018.
PEDRO, Joana Maria; SOIHET, Rachel. A emergência da pesquisa da História das Mulheres e das Relações de Gênero. Revista Brasileira de História, v. 27, n. 54, 2007, p. 281-300
PEREIRA, Leonardo Affonso de Miranda. Sobre confetes chuteiras e cadáveres: a massificação cultural do Rio de Janeiro de lima barreto. Projeto História, São Paulo, (14), fev. 1997.
PEREIRA, Leonardo Affonso de Miranda; O’DONNELL, Julia. Cultura em movimento: Natalie Davis entre a antropologia e a história social. Dossiê: História e etnologia: diálogos interdisciplinares. História Unisinos. Unisinos. 2016. Disponível em https://www.redalyc.org/journal/5798/579862722003/html/. Acesso em.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidad y modernidade/racionalidad. Peru Indigena, 13(29): 11-20, 1992.
__________. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. In: LANDER, Edgar (org.). Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005.
ROCHA-COUTINHO, M. L. Novas opções, antigos dilemas: mulher, família, carreira e relacionamento no Brasil. Temas em Psicologia da SBP, 2004, Vol. 12, no 1, 2– 17. Universidade Federal do Rio de Janeiro.
SAFFIOTI, Heleieth I. B. Contribuições feministas para o estudo da violência de gênero. In: Cadernos Pagu, v. 0, n.16, pp. 115-136. 2001.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. In: Educação e Realidade. Porto Alegre: Faculdade de Educação/UFRGS. Vol. 6, n. 2, Jul/dez, 1990.
THERBORN, Göran. Sexo e poder: a família no mundo 1900-2000. Trad. Elisabete Dória Bilac. São Paulo: Contexto, 2006.
DOI: http://dx.doi.org/10.18542/rcga.v2i24.15605
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Revista Científica Gênero na Amazônia - Periodicidade semestral - Qualis B-2 - unificado referente ao quadriênio 2017-2022
Redes sociais virtuais:
https://www.facebook.com/projetogepem/
https://www.instagram.com/gepemufpa/
https://gepemacontece.blogspot.com/
https://www.observatorioregional-gepem.com.br/
E-mail para contato:
generonaamazonia@gmail.com