Mulheres Negras: diálogos sobre a trajetória de mulheres negras ligadas ao “Círculo de Leituras Negritadas” de Castanhal com o feminismo/mulherismo
Resumo
Este trabalho é fruto de minhas inquietações quanto à trajetória das mulheres negras atuantes no Círculo de Leituras Negritadas, na cidade de Castanhal-PA. Para isso, buscamos contribuições dos estudos feministas, mulherismo, ativismos e afrocentralidade. A pesquisa baseia-se em uma análise qualitativa de dados, obtida através de uma entrevista online com uma das lideranças e um questionário online, encaminhado via WhatsApp e respondido por cinco mulheres integrantes do grupo. A partir da análise de dados, foi possível perceber que o círculo de leituras tem realizado ações de protagonismo, dialogando sobre textos de autoria de intelectuais negras, de modo a visibilizar também os escritos de mulheres negras paraenses, possibilitando que vozes subalternizadas sejam evidenciadas e contribuindo para construir redes, seja pela memória, pela ancestralidade ou pelas suas trajetórias de luta e resistência.
Palavras Chave: História das mulheres. Feminismos. Mulherismo. Afrocentralidade. Círculo de leituras negritadas.
Texto completo:
PDFReferências
ADICHIE, Chimamanda. 2019. O perigo de uma única história. Tradução Júlia Romeu. 1 ed. São Paulo. Companhia das Letras.
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. 2017. Para educar crianças feministas. Tradução Denese Bottmann. Companhia das Letras.
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. 2015. Sejamos todas feministas. Tradução: Christina Baum. Companhia das Letras.
AKOTIRENE, Carla. 2019. Interseccionalidade. São Paulo: Sueli Carneiro; Polén.
CARNEIRO, Sueli. 2003. Mulheres em movimento. Estudos avançados. 17 (49).
CHIZZOTTI, Antônio. 2003. Pesquisa em Ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez.
COLLINS, Patrícia Hill. Tradução Jamille Pinheiro Dias. 2019. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. – 1. Ed. – São Paulo: Boitempo.
CRENSHAW, Kimberlé. 2002. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Revista de estudos feministas, v. 10, n. 1. 171-188.
DOVE, Nah. Maio de 1998. Mulherisma africana: uma teoria afrocentrada. In: JORNAL DE ESTUDOS NEGROS, Vol. 28, № 5, 515-539, 1998. Sage Publications, Inc.
FARIAS, Eny Kleyde Vasconcelos. 2010. Maria Felipa de Oliveira, heroína da independência da Bahia. Salvador: Quarteto.
FELIPE, Jane. Entre tias e tiazinhas: pedagogias culturais em circulação. In: SILVA, Luiz Heron da (org.). Século XXI: qual conhecimento? Qual currículo? Pp 167-179. Petrópolis; Vozes, 1999.
FERNANDES, Danubia de Andrade. O gênero negro: apontamentos sobre gênero, feminismo e negritude. Estudos Feministas, Florianópolis, 24 (3): 398, setembro/dezembro/2016.
FINCH III, Charles S; NASCIMENTO, Elisa Larkin. Abordagem afrocentrada: história e evolução. In: Afrocentalidade: uma abordagem epistemológica inovadora, pp 37-70. São Paulo: Selo Negro, 2009.
FOUCAULT, Michael. História da Sexualidade I, A Vontade de Saber. Rio de Janeiro: Ed. Graal, 1988.
FOUCAULT, Michael. Microfísica do Poder. 29ª ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2004.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. -72. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz & Terra, 2020.
GOMES, Nilma Lino. O Movimento Negro Educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópoles, Rj: Vozes, 2017.
GONZALES, Lélia. Organização: Flavia Rios e Márcia Lima. Por um feminismo afro latino americano: ensaios, intervenções e diálogos. 1ª ed. -Rio de Janeiro: Zahar, 2020 [1979].
GONZALES, Lélia; RATTS, Alex; RIOS, Flavia. Relatos do Brasil negro. São Paulo: Selo Negro, 2010.
HOOKS, Bell. Intelectuais negras. Estudos feministas. N. 2, Ano 3, 2º Semestre, 1995.
HOOKS, Bell. Mulheres negras: moldando a teoria feminista. In: Revista Brasileira de Ciência Política, nº16. Brasília, janeiro, 193-210, Abril de 2015.
HOOKS, Bell. Tradução Ana Luiza Libânio. O feminismo nosso é para todo mundo: politicas arrebatadoras. 1ª ed. Rio de Janeiro: Rosa dos tempos, 2018.
HOOKS, Bell. Tradução de Cátia Bocaiuva Maringolo. Erguer a voz: pensar como feminista, pensar como negra. São Paulo: Elefante, 2019.
HUDSON-WEEMS, Cleonora. Mulherismo Africana: Uma Visão Geral. Versão digital, 2018. Disponível em: Acesso em 25 de abril de 2023.
KILOMBA, Grada. Tradução Jess Oliveira. 2019. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. – 1. Ed. – Rio de Janeiro: Cobogó.
MIGLIORIN, Cezar. O que é um coletivo. Teia-2002/2012. Belo Horizonte: Teia, 2012.
NASCIMENTO, Elisa Larkin. Notas básicas para leitura deste volume. In: Afrocentalidade: uma abordagem epistemológica inovadora, pág. 37-70. São Paulo: Selo Negro, 2009.
OYĚWÙMÍ, Oyèronké. Conceituando gênero: os fundamentos eurocêntricos dos conceitos dos conceitos feministas e o desafio das epistemologias africanas. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque
de (org.). Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais, pág. 84 – 95. -1. ed. -Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020.
OYĚWÙMÍ, Oyèronké. Tradução: Wanderson flor do Nascimento. A invenção das mulheres: construindo um sentido para os discursos africanos ocidentais de gênero. –1. Ed. – Rio de Janeiro. Bazar do tempo, 2021.
PERROT, Michelle. 2017. Os excluídos da história: operários, mulheres e prisioneiros. Tradução, Denise Bottmann 7ª ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra.
RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? (Feminismos Plurais). Belo Horizonte (MG): Letramento: Justificando, 2017.
RIBEIRO, Katiúscia. Mulherismo Africana: Proposta emancipadora. Portal Geledez. 2021. Disponível em: https:/www.geledes.org.br/katiuscia-ribeiro-explica-o-mulherismo-africana-proposta-emancipadora/
SAFFIOTI, Heleieth I. B. O poder do macho. São Paulo: Moderna, (Coleção polêmica), 1987.
SANTOS, Maria do Carmo Rebouças da Cruz Ferreira dos. Lélia Gonzalez: a amefricanidade como contributo para a construção de uma nova epistemologia. In: Revista Espaço Acadêmico. – n.
-nov./dez, 2020.
SCOTT, Joan Wallach. Gênero uma categoria útil de análise histórica. In: Educação e Realidade. Porto Alegre, vol. 20, nº 2, jul./dez, p. 71-99, 1995.
SHARPE, Jim. A história vista de baixo. In: A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: UNESP, 1992.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o Subalterno Falar? Tradução de Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa, André Pereira Feitosa. Belo horizonte: Editora UFMG, 2010.
WALSH, Catherine (Ed.). Pedagogías decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Tomo I. Quito, Ecuador: Ediciones Abya-Yala, 2013.
DOI: http://dx.doi.org/10.18542/rcga.v2i24.15608
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Revista Científica Gênero na Amazônia - Periodicidade semestral - Qualis B-2 - unificado referente ao quadriênio 2017-2022
Redes sociais virtuais:
https://www.facebook.com/projetogepem/
https://www.instagram.com/gepemufpa/
https://gepemacontece.blogspot.com/
https://www.observatorioregional-gepem.com.br/
E-mail para contato:
generonaamazonia@gmail.com