INCÊNDIOS EM VEGETAÇÃO NO PERÍMETRO URBANO DE ALTAMIRA, PA, NO PERÍODO DE 2011 À 2020
Resumo
Incêndios em vegetação não ocorrem apenas em ambientes naturais, eles podem ocorrer também, em áreas urbanas. O objetivo desse trabalho foi analisar descritivamente os dados das ocorrências de incêndio em vegetação, no perímetro urbano de Altamira no período de 2011 a 2020 e verificar as correlações entre as ocorrências e variáveis meteorológicas. Para a realização dessa pesquisa foram utilizados os dados das ocorrências atendidas pelo CBMPA, 9º GBM, registradas no SISCOB. Do total de ocorrências 8,88% são referentes à incêndios, e destes, 57,91% são relativos à incêndio em vegetação. A tipologias de incêndio em vegetação registradas são genéricas, sendo “mato” o tipo mais frequente. As seis localidades que apresentaram os maiores números, juntas representam cerca de um terço do total de ocorrências no período estudado. O número de ocorrências apresentou uma correlação forte e negativa (-0,83) com precipitação, forte e positiva (0,86) com a temperatura e muito forte e negativa (-0,95) com a umidade relativa do ar. Os casos de incêndio em vegetação ocorreram nos meses em que as variáveis meteorológicas se mostravam propícias para tal, revelando a necessidade de se criar campanhas e/ou ações preventivas, principalmente nesse período, para conscientização da população em relação ao uso do fogo.
PALAVRAS-CHAVE: Corpo de Bombeiros; SISCOB; Amazônia.
Texto completo:
PDFReferências
ABREU, S. F.; CARVALHO, L. C.; MANHÃES, F. P.; COSTA, M. C. G. Caracterização
agroclimática da cidade de Altamira-PA no período de 1995-2005. In: XV Congresso
Brasileiro de Agrometeorologia. 2007.
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Dicionário escolar da língua portuguesa. 2
ed. São Paulo, SP: Companhia Editora Nacional, 2008.
ALVAREZ, C. A.; STAPE, J. L.; SENTELHAS, P. C.; GONÇALVES, J. L. M.;
SPAROVEK, G. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische
Zeitschrift, v. 22, n. 6, p. 711–728, 2013.
ALVES JÚNIOR, M.; CELESTINO FILHO, P. (Orgs.). Roça sem queimar: experiência
produtiva agroecológica de agricultores familiares na Amazônia. Ponta Grossa, PR:
Atena Editora, 2020.
AXIMOFF, I. A.; BARRETO, L. A. M.; KURTZ, B. C. Ações cooperativas para prevenção
e combate a incêndios florestais em área protegida urbana na cidade do Rio de Janeiro.
Biodiversidade Brasileira, n. 2, p. 96 - 109, 2020.
BARRETO, L. P. G. L.; SALES, D. R.; BARRETO, W. D. L. Perfil dos incêndios
urbanos na região metropolitana de Belém. Brazilian Journal of Development, Curitiba,
PR, v. 6, n. 7, p. 53714-53727, 2020.
BONTEMPO, G. C.; LIMA, G. S.; RIBEIRO, G. A.; DOULA, S. M.; SILVA, E.;
JACOVINE, L. A. G. Registro de Ocorrência de Incêndio (ROI): evolução, desafios e
recomendações. Revista Biodiversidade Brasileira, n. 2, p. 247 - 263, 2011.
CIANCIULLI, P. L. Incêndios florestais: prevenção e combate. São Paulo: Nobel, 1981.
p.
COUTINHO, L. M. Biomas brasileiros. São Paulo: Oficina de Textos, 2016.
ESTACIO, J.; NARVÁEZ, N. Incendios forestales en Distrito Metropolitano de Quito
(DMQ): Conocimiento e intervención pública del riesgo. Revista Letras Verdes, n. 11, p.
- 52, 2011.
FERREIRA, H. R.; BATISTA, A. C.; TETTO, A. F.; KOVALSYKI, B.; SANTOS, J. F.
L. Incêndios em vegetação em conjunto com outros materiais combustíveis na interface
urbano-rural de Curitiba-PR. BIOFIX Scientific Journal, v. 5 n. 1 p. 108-113, 2020.
DOI: dx.doi.org/10.5380/biofix.v5i1.67832
FLORES, B. C.; ORNELAS, E. A.; DIAS, L. E. Fundamentos de Combate a Incêndio
– Manual de Bombeiros. Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás. Goiânia-GO,
ªed: 2016, 150p.
FRANÇA, C. D. V.; MELO, S. N.; CASTRO, C. E.; SANTOS, L. C. A. Modelo espacial
de risco de incêndio intraurbano: fatores de população e carga de incêndio. Revista
Territorium, n. 27 (II), p. 81-91, 2020.
GONÇALVES, K. S.; CASTRO, H. A.; HACON, S. S. As queimadas na região amazônica
e o adoecimento respiratório. Ciência & Saúde Coletiva, v.17, n.6, p. 1523-1532, 2012.
GUIMARÃES, P. P.; BOTREL, R. T.; MEDEIROS, H. L. S.; COSTA, J. R. S.; SOUZA,
M. R. Ocorrências de incêndios urbanos e florestais em Mossoró/RN. Revista Ibero
Americana de Ciências Ambientais, v. 10, n. 6, p. 43-49, 2019. DOI:
http://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2019.006.0005
HERRERA, J. A.; MOREIRA, R. P. Resistência e conflitos sociais na Amazônia paraense:
a luta contra o empreendimento Hidrelétrico de Belo Monte. Campo-Território: Revista de
Geografia Agrária, v. 8, n.16, p. 130-151, 2013.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Manual
Técnico da Vegetação Brasileira: Sistema fitogeográfico, Inventário das formações florestais e campestres, técnicas e manejo de coleções botânicas, procedimentos para
mapeamentos. (2 ed. rev. e amp.). Manuais técnicos em geociências, n. 1. Rio de Janeiro:
IBGE, 2012.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA- IBGE. Estimativas da
população residente para os municípios e para as unidades da federação brasileiros com
data de referência em 1º de julho de 2020. IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de
População e Indicadores Sociais, 2020. 13 p.
LIESENFELD, M. V. A.; VIEIRA, G.; MIRANDA, I. P. A. Ecologia do fogo e o impacto
na vegetação da Amazônia. Pesquisa Florestal Brasileira, v. 36, n. 88, p. 505-517, 2016.
LIMA, A. C.; PAULETTO, D.; ANDRADE, J. C. G.; SILVA, J. M. Registros de
incêndios na região metropolitana de Santarém/PA no período de 2012 a 2016. Revista
Ibero Americana de Ciências Ambientais, v.11, n.1, p. 9-18, 2020. DOI:
http://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.001.0002
LIU, Y.; GOODRICK, S.; HEILMAN, W. Wildland fire emissions, carbon, and climate:
Wildfire–climate interactions. Forest Ecology and Management, v. 317, p. 80-96, 2014.
MACHADO, N. G.; SILVA, F. C. P.; BIUDES, M. S. Efeito das condições
meteorológicas sobre o risco de incêndio e o número de queimadas urbanas e focos de
calor em Cuiabá-MT, Brasil. Ciência e Natura, Santa Maria, RS, v. 36, n. 3, p. 459 –
, 2014.
MIRANDA NETO, J. C. Reassentamento da população urbana diretamente afetada pelo
empreendimento hidrelétrico de Belo Monte em Altamira-PA. Revista Nacional de
Gerenciamento de Cidades, v. 02, n. 13, p. 43-57, 2014.
MIRANDA, A. L. Distribuição espacial dos incêndios em vegetação registrados pelo
Sub-Grupamento do Corpo de Bombeiros de Rio Claro/SP e o tempo atmosférico
entre 2009 e 2013. Trabalho de Formatura (Graduação em Geografia) - Instituto de
Geociências e Ciências Exatas - Rio Claro, Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho”, Rio Claro, SP, 2015.
SANTOS, J. F.; SOARES, R. V.; BATISTA, A. C. Perfil dos incêndios florestais no Brasil
em áreas protegidas no período de 1998 a 2002. Floresta, v. 36, n. 1, p. 93-100. Curitiba, PR,
SOARES, R. V.; BATISTA, A. C.; NUNES, J. R. S. Manual de prevenção e combate a
incêndios florestais. 2 ed. Curitiba, PR, 2008.
SOARES, R. V.; BATISTA, A. C.; TETTO, A. F. Incêndios Florestais: controle, efeitos
e uso do fogo. 2. ed. Curitiba, PR, 2017.
TORRES, F. T. P.; RIBEIRO, G. A.; MARTINS, S. V.; LIMA, G. S. Determinação do
período mais propício às ocorrências de incêndios em vegetação na área urbana de Juiz de
Fora, MG. Revista Árvore, v. 34, n. 2, p. 297-303, Viçosa, MG, 2010.
TORRES, F. T. P.; RIBEIRO, G. A.; MARTINS, S. V.; LIMA, G. S. Relações entre
incêndios em vegetação e elementos meteorológicos na cidade de Juiz de Fora, MG. Revista
Brasileira de Meteorologia, v. 24, n. 4, p. 379-389, 2009.
DOI: http://dx.doi.org/10.18542/geo.v10i19.13400
Apontamentos
- Não há apontamentos.
GeoAmazônia. Todos os Direitos Reservados.
Print ISSN: 1980-7759 (impresso)
eISSN: 2358-1778
DOI da Revista GeoAmazônia: 10.17551/2358-1778/geoamazonia