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A VIOLÊNCIA NAS ARPILLERAS BORDADAS POR MULHERES ATINGIDAS PELA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE

Elisa Mergulhão Estronioli

Resumo

A hidrelétrica de Belo Monte causou profundas transformações no espaço urbano de Altamira, desencadeando ao mesmo tempo fenômenos planejados e não planejados. Um dos impactos associadas à construção da hidrelétrica é o aumento da violência nas suas variadas dimensões. Este artigo busca enfocar a visão das mulheres sobre esse fenômeno, a partir das arpilleras (bordados de retalhos sobre juta) produzidas pelas atingidas por Belo Monte durante encontros realizados pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), entre os anos de 2014 e 2018, ou seja, no auge da construção de Belo Monte e logo após. Foram escolhidas cinco arpilleras para análise, feitas por distintos grupos de mulheres atingidas na cidade de Altamira. Nota-se que a violência é um tema presente nas peças bordadas, o que fortalece a hipótese de que seu aumento foi um dos problemas mais percebidos durante a implantação da hidrelétrica.
Palavras-chave: Altamira; Belo Monte; mulheres; violência.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/geo.v12i24.15792

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