VIOLÊNCIA E DISPUTAS TERRITORIAIS NA REGIÃO DE INTEGRAÇÃO DO TOCANTINS: CAMPONESES, INDÍGENAS, QUILOMBOLAS E O AGRONEGÓCIO DA PALMA

Resumo

No estado do Pará, com enfoque nas disputas territoriais, violências e desigualdades socioambientais que emergem do avanço do agronegócio, a pesquisa explora como a produção de dendê, inserida em uma lógica de monocultura voltada à exportação, desencadeia a expropriação de territórios tradicionalmente ocupados por quilombolas, indígenas e camponeses. Metodologicamente, o estudo se apoia em levantamentos bibliográficos e análises documentais para compreender as transformações no uso do território e nas dinâmicas de conflito relacionadas à territorialização do capital agrícola. Identifica-se que o modelo adotado intensifica práticas de exploração, marginalização das comunidades locais e degradação ambiental, afetando solos e corpos hídricos devido ao uso intensivo de agrotóxicos. Além de documentar os conflitos físicos e simbólicos que constituem as relações entre o agronegócio e as comunidades locais. Assim, o trabalho ressalta a territorialização da violência, associada às práticas de cultivo do dendê e a urgência de estratégias políticas e sociais que promovam o fortalecimento das comunidades locais.