O irmão/pai de uma desaparecida política
Resumo
Os arquivos reunidos pela Comissão Nacional da Verdade expõe a busca labiríntica de Majer e Bernardo Kucinski por Ana Rosa e Wilson, desde 22 de abril de 1974. Como podemos ler no material recolhido, os familiares buscaram notícias e apelaram sem sucesso nos últimos quarenta anos para autoridades estrangeiras e nacionais. A postura do regime foi sempre negar a prisão e de alguma maneira vincular os desaparecidos, como subversivos. Também Bernardo Kucinski foi fichado por suas posições e pelo “incômodo” que vinha causando à imagem do governo ditatorial. Posteriormente, já na redemocratização, a Marinha divulgou um relatório acusando Ana Rosa de ter sido vítima do serviço secreto estadunidense em resposta aos trabalhos que ela supostamente realizaria para o governo israelense. Mais uma mentira, que como escreveu na época Bernardo Kucinski, visava mais uma vez impedir que se soubesse a verdade e negavam a memória de que ela lutara contra a ditadura militar e por isso foi detida, tortura, assassinada e desaparecida.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v0i59.11744