MOARA – Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Letras ISSN: 0104-0944

Uma certa documentalidade e uma poética do imaginário: rasuras da metáfora branca da Amazônia: Elza Lima e João de Jesus Paes Loureiro

Thiago Alberto dos Santos Batista, Luís Heleno Montoril Castilo

Resumo

Este artigo propõe refletir sobre como o lastro do documental (LIMA, 1986) e uma poética do imaginário (LOUREIRO, 2015) configuram-se nas escrituras fotográfica e poética, de João de Jesus Paes Loureiro (1981) e Elza Lima (1980 – 1990), em direção à rasura do cultivo de um imaginário monocultural da Amazônia e seus habitantes, engendrado pela mitologia branca. Esta, entendida por Jacques Derrida (1991), como a tradição metafísica ocidental; o homem branco tomando o seu discurso, a sua língua e a si próprio como universal. Pretende-se também ver, nas obras estudadas, uma reescritura possível do sentido da Amazônia, tanto quanto um certo grau de compreensão do espaço-tempo dessa região na modernidade. Far-se-á esse percurso, pondo em perspectiva as teorias que fundamentam as linguagens em questão, em que a correspondência entre literatura e fotografia se mostra como potência de uma intermediação simbólica sobre a Amazônia.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v0i61.13862