A leitura literária bancária no Ensino Médio: uma vida sem "tremores".
Resumo
A escolarização da literatura incide num entrave quando o enfoque é o Ensino Médio, e o livro didático é a insígnia desse dilema. O artigo parte de considerações teóricas acerca desses temas, pautadas principalmente em Manguel (2020, 2010), Montes (2020), Freire (1987, 2014), Soares (2001), Fischer (2021) e Cosson (2013, 2021), bem como de noções relacionadas à “experiência” e aos “tremores” surgidos ao contato do sujeito com a literatura relativas à terminiologia de Larrosa (2014). Em seguida analisam-se tais ocorrências em capítulos do material didático de uma editora especializada no segmento, ao que se pode afirmar que a literatura exige um modo particularizado de “escolarização” (SOARES, 2011), e que o livro didático não corrobora com ele, porque se coloca como materialização do pensamento acrítico e passivo que permeia o ensino de literatura marcado por orientações que não favorecem a leitura literária, mas o entendimento pragmático e verticalizado da história da literatura.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v0i64.14525