MOARA – Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Letras ISSN: 0104-0944

Babel subjetiva ou a mais completa tradução: Algumas considerações sobre Budapeste de Chico Buarque

Diana Junkes Bueno Martha

Resumo

Este artigo discute aspectos de Budapeste, de Chico Buarque, publicado em 2003. No romance, uma contingência leva o protagonista, um brasileiro, à Hungria. Lá, envolvido com uma cultura distinta da sua, aventura-se em experiências com uma língua estranha, que “até o diabo respeita”, e com uma mulher instigante, que lhe ensina essa língua. Ambas convertem-se em espelhos que refratam e invertem sua experiência subjetiva tão babélica e incompreensível quanto aquela que Budapeste lhe impõe. A partir da consideração da contingência como categoria do Real (Lacan) e da tradução como mecanismo de busca da subjetividade e rasura da origem (Derrida) ao mesmo tempo que transcriação (Haroldo de Campos), serão apontados alguns caminhos para a leitura do romance.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v0i39.1570