Aspectos editoriais e discursivos nas retraduções para o português de Alice’s adventures in wonderland de Lewis Carroll
Resumo
O objetivo deste artigo é mostrar como uma mesma obra pode ser traduzida de inúmeras maneiras, dependendo do projeto de tradução da editora e do tradutor. Com esse intuito, três traduções, para o português, da obra Alice’s adventures in wonderland de Lewis Carroll, que foi retraduzida e publicada diversas vezes no Brasil, foram selecionadas para uma leitura comparativa. As traduções escolhidas foram: Alice no país das maravilhas da L&PM Pocket (1998), traduzida por Rosaura Eichenberg e Ísis Alves; Alice: edição comentada da Jorge Zahar Editor (2002), traduzida por Maria X. de A. Borges; e Alice no país das maravilhas da Editora Ática (2006), traduzida por Ana Maria Machado. O esquema teórico para a descrição de traduções literárias de Lambert e Van Gorp (1985) serve de ponto de partida para a leitura comparada. Entretanto, como a obra traduzida inclui aspectos da cultura inglesa, presentes na narrativa por meio da intertextualidade, principalmente de alusões, trocadilhos e paródias, esses tópicos constituem o cerne da leitura comparativa. Os dados coletados indicam que, apesar das semelhanças entre as traduções, os textos traduzidos apresentam diferenças e peculiaridades quando se considera os públicos leitores previstos e os participantes envolvidos no processo tradutório.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v0i39.1572