VIOLAÇÕES CONTRA MENTE E CORPO FEMININO: gaslighting e estupro no romance Compasso Binário, de Arlete Nogueira

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar questões de violência simbólica e física contra à mulher no romance Compasso Binário (1972), da escritora maranhense Arlete Nogueira. Levando-se em conta o estrutura moderno-colonial-patriarcal, discute-se como essa relação apresenta-se na vida de mulheres, que mesmo tendo trajetórias díspares, acabam deparando-se com a violência em seus diversos âmbitos, sendo problematizado no romance arletiano temas como o gaslighting e o estupro. Para fundamentar nossos posicionamentos sobre o sistema patriarcal ao longo das análises, apoiamo-nos, especialmente, em Saffiotti (1987) e Rita Segato (2020). Esperamos contribuir para os estudos socioculturais na literatura maranhense de autoria feminina e possibilitar a reflexão acerca de problemas pertinentes à estrutura social que sedimenta problemas para a saúde física e emocional da mulher.