CAROLINA Maria de Jesus, Quarto de despejo e a decolonialidade da literatura negro-brasileira
Resumo
Esse artigo propõe pensar a obra Quarto de despejo: diário de uma favelada de Carolina Maria de Jesusno contexto do sistema-mundo, colonial-moderno. Refletir sobre os atravessamentos dessa estrutura de poder nas produções simbólicas e do saber. Relacionar o Diário a questão do cânone literário oriundo desse sistema. Mostrar quais caminhos alternativos a autora trilhou diante das barreiras epistêmicas e sociais. A narrativa do Diário apontará direções para os modos de desconstrução de categorias universalizadas, sob um viés decolonial, bem como sob a perspectiva do nomadismo, rizoma e fabulação de Deleuze e Guattari a fim de abrir possibilidade de superação de determinadas formas de pensamento que excluem certos saberes produzidos pelas populações negras do Brasil, bem como pelas mulheres negras escritoras.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v0i66.17430