Intuições do falante nativo e habilidades metalinguísticas: o que têm em comum do ponto de vista da aquisição da linguagem?
Resumo
Neste artigo, De Lemos discute o pressuposto epistemológico comum a teorias sobre a aquisição da linguagem como sendo um processo que prevê um organismo humano em controle da linguagem, como objeto a ser adquirido. Embora a mudança da criança de infans a falante de uma língua seja o aspecto fenomênico mais importante deste processo, ela não adquiriu estatuto teórico nesse campo. Julgamentos de gramaticalidade e habilidades metalinguísticas de vertentes construtivistas e comportamentalistas são contrapostos na argumentação. O objetivo da autora é discutir o problema e delinear sua posição teórica, em que mudança é assumida como efeito da linguagem na criança. Trata-se de uma reflexão alternativa à identificação de sujeito a organismo, tendo em vista que o efeito do funcionamento da língua na criança decorre da interação com já falantes. Esta é admitida como relação estrutural e estruturante e não como atividade de linguagem em situações de comunicação.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v0i67.18214