MOARA – Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Letras ISSN: 0104-0944

O HOMOEROTISMO, SEGUNDO O EVANGELHO APÓCRIFO DE MÁRIO DE ANDRADE

Latuf Isaias MUCCI

Resumo

Gozando de extraordinário fortuna crítica, a obra de Mario Andrade (1893-1945) é, no entanto, rarissimamente estudada sob o prisma do homoerotismo, nela latente ou explicita ou explicita. A que se deve o silencio em torno desse ângulo do escritor de “300,350” faces e disfarces, criador de Macunaíma (1928), ser protético por natureza? Terá sido o recalque inspirado nas próprias reticencias católicas do escritor paulistano ou será fruto de uma postura pudica ou de um falso respeito diante do maior ícone do modernismo brasileiro? Este trabalho – vertente tardia de minha pesquisa de pós-doutorado em Letras Clássicas e Vernáculas, na USP, tematizando Mário de Andrade – flana por ruas escuras do texto mariodeandradiano, aí perscrutando ecos daquele amor que, in illo tempore (vale dizer, na era vitoriana, que condenou Oscar Wilde -1854/1900), não ousava dizer seu nome, e que a crítica mais canônica quer, em voa rasurar.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v1i29.3366