MOARA – Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Letras ISSN: 0104-0944

Formas de dizer o indizível: a animação como recurso (testemunhal) em Postales de Leningrado e Infância Clandestina

Tânia SARMENTO-PANTOJA

Resumo

 O estudo toma como corpus duas narrativas fílmicas: os filmes de ficção Postales de Leningrado e Infância Clandestina. São narrativas que tratam de aspectos relacionados à experiência com a ditadura em países da América Latina – respectivamente Venezuela e Argentina. Apresentam como protagonistas crianças, filhas e filhos de guerrilheiros na clandestinidade. Além da relação com as lutas estabelecidas por conta do regime de exceção, da experiência da clandestinidade e suas consequências avassaladoras para a vida, há um artifício técnico, o manuseio da animação, que desponta de modo peculiar nos dois filmes. Procedimento artístico que além de tornar mais próximas as duas narrativas estimula uma problematização importante para a teoria do testemunho: a agregação das técnicas de animação às narrativas de filmes com teor testemunhal favorecem a possibilidade de repensarmos aspectos próprios do testemunho, como a irrepresentabilidade do trauma? Pretendemos que esta questão conduza a análise dos objetos.  

 PALAVRAS-CHAVE: Infância. Exceção. Resistência. Cinema.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v1i44.3428