Quando resistir não basta...
Resumo
Neste ensaio discutimos a categoria "resistência" e suas formas de representação em narrativas sobre a ditadura civil-militar brasileira, tomando como ponto de partida o conceito desenvolvido por Alfredo Bosi (2002) e as formulações sobre o mesmo conceito em Walter Benjamin (1994), Theodor Adorno (2003), e Federico Lorenz (2013). Na revisão do conceito apontamos como algumas obras da literatura nos auxiliam a compreender outras formas de resistência. Desse modo apontamos a possibilidade de identificar a presença de uma resistência melancólica; uma resistência militante; uma resistência utópica; uma resistência distópica; uma resistência apática e uma resistência eufórica. Para isso, analisaremos dois textos da coletânea Vozes do Golpe, 1964: o conto Mãe judia, 1964, de Moacir Scliar; e A mancha, de Luiz Fernando Veríssimo, a fim de observar como o testemunho apresentará novos significados para a memória da resistência política pós-64.
PALAVRAS-CHAVE: Resistência. Memória. Testemunho. Apatia.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v1i44.3433