À procura de um imaginário melodramático no século XIX: imprensa, folhetins e romances: da sua produção a sua recepção
Resumo
A presença do romance europeu no mundo no século XIX atesta uma forma de mundialização da cultura que se apoia sobre a circulação precoce de jornais, revistas e livros. A leitura quase concomitante de obras de Alexandre Dumas ou de Victor Hugo no Rio de Janeiro, México, Buenos Aires e Paris foi facilitadas pela corrente troca entre os dois continentes. A leitura direta de volumes, mas também a tradução imediata, em castelhano e português produziram formas originais de apropriação desses universos culturais. Os gabinetes de leitura e as associações literárias implantadas no Rio de Janeiro, Belém ou Bahia acompanharam esse vasto movimento de transferência de um imaginário dramático de um lado a outro do Atlântico. Resta, entretanto, tentar encontrar os traços de sua recepção. É com o intuito de propor pistas de pesquisa futuras nesse sentido que se escreveu este artigo.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v0i52.7748