Paródia, contestação e fruição em O tetraneto del-rei de Haroldo Maranhão
Resumo
Este trabalho é a aceitação de dois desafios propostos pela leitura do romance O tetraneto del-rei (1982), do paraense Haroldo Maranhão (1927-2004). O primeiro é entendê-lo como um texto de contestação, capaz de retomar os textos originais, desprendendo-os de seu contexto e atribuindo-lhes novos significados, indo além da questão da dependência cultural, ocupando o “entrelugar” mencionado por Silviano Santiago (1971), por meio de um texto que desconstrói a tradição, ultrapassando o particular para o universal. O segundo desafio é comprovar que esse romance é um exemplo do que Roland Barthes (2002) chamou de “texto de fruição”, o que só será possível se primeiro for compreendido como uma paródia, e assim se possa perceber o distanciamento entre a paródia e o texto parodiado e, principalmente, compreender a ironia e a reflexividade que, conforme Linda Hutcheon (1989), caracterizam a paródia.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v0i53.7975