Foucault escritor: o arquivista e o eu-enunciado na arqueologia
Resumo
N’A Arqueologia do saber, Michel Foucault (2004) destaca, ao se definir como escritor e arquivista, o sujeito como um ser das dispersões e contradições, entre saber e poder, confrontos e medos, interdições e resistências, determinações e acontecimentos. Colocando em questão a própria razão de por que escrever aquele livro, o Foucault insurgente, faz aparecer um eu-enunciado e arquivista. Analisamos este processo de subjetivação de Foucault, seu movimento em espiral, no interior de sua obra, destacando os enunciados que acusam o acontecimento da escritura foucaultiana. Este artigo visa dar mais visibilidade a este sujeito que enuncia a si, a fim de explicar e desenvolver um método de trabalho (o arqueológico), no qual o autor se confronta com elementos de um dispositivo que produz linhas de força. Essas linhas enfocam seu projeto de empreender o quadro teórico-metodológico da produção do saber.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v1i57.9538