Logo do cabeçalho da página Novos Cadernos NAEA

Conservação ambiental e territórios tradicionais: alguns apontamentos sobre estratégias adotadas para a gestão de vidas

Ana Beatriz Vianna Mendes, Ricardo Alexandre Pereira de Oliveira

Resumo

Propomos uma reflexão sobre a estratégia de conservação ambiental através da criação de Parques nacionais como parte integrante de uma política desenvolvimentista que se contrapõe à garantia de direitos de povos e comunidades tradicionais (PCTs). Para tanto, justapomos dispositivos do Estado brasileiro que regulam predação e conservação ambiental, evidenciando suas conexões com direitos de PCTs. Com foco nas formas de apropriação de territórios e na regularização fundiária das Unidades de Conservação (UCs), evidenciamos que a compensação por crimes ambientais cometidos por grandes empreendimentos é um importante mecanismo de implantação e consolidação de UCs. Após refletirmos sobre a escala de impactos de projetos extrativistas, discutimos os efeitos de dois instrumentos que incidem sobre a regularização territorial em territórios sobrepostos: a doação por compensação de reserva legal e o termo de compromisso. Conclui-se que estes três dispositivos, embora diferentes e com impactos muito distintos, preconizam uma ideia hegemônica de humanidade. O trabalho é baseado em pesquisas de campo realizadas de forma coletiva e colaborativa, utilizando técnicas de entrevistas, oficinas, rodas de conversa e história oral, além de pesquisa documental e bibliográfica.


Palavras-chave

Parques nacionais. Populações tradicionais. Territórios tradicionais. Regularização fundiária.


Texto completo:

PDF

Referências


ALMADA E. D.; MENDES, A. B. V.; COSTA FILHO, A. Burning reasons: traditional land management using fire and environmental conflicts in Serra da Canastra National Park, Minas Gerais, Brazil. In: IBARRA M. A.; VÁZQUEZ M. R. P.; BALTAZAR E. B.; ARAÚJO, L. G. (ed.) Socio-environmental regimes and local visions: transdisciplinary experiences in Latin America. Cham: Springer, 2020. p. 205-224.

ALMEIDA, M.; REZENDE, R. Uma nota sobre comunidades tradicionais e Unidades de Conservação. RURIS, Campinas, v. 7, n. 2, p. 185-196, 2013.

ASAD, T. Introdução à “Anthropology and the Colonial Encounter”. Ilha, Florianópolis, v. 19, n. 2, p. 313-327, 2017.

BARRETTO FILHO, H. T. Da nação ao planeta através da natureza: uma abordagem antropológica das unidades de conservação de proteção integral na Amazônia Brasileira. 2001. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.

BENATTI, J. H. Unidades de Conservação e as populações tradicionais - uma análise jurídica da realidade brasileira. Novos Cadernos NAEA, Belém, v. 2, p. 107-126, 1999.

BERKES, F. Rethinking community-based conservation. Conservation Biology, [s. l.], vol. 18, n. 3, p. 621-630, 2004.

BRASIL. Decreto N° 70.355, de 03 de abril de 1972. Cria o Parque Nacional da Serra da Canastra […]. Brasília, DF: Presidência da República, [1972]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D70355.htm#:~:text=D70355&text=DECRETO%20No%2070.355%2C%20DE,especifica%2C%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias. Acesso em: 20 ago. 2020.

BRASIL. Decreto N° 4.340, de 22 de Agosto de 2002. Regulamenta artigos da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC [...]. Brasília, DF: Presidência da República, [2002]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4340.htm. Acesso em: 15 jun. 2020.

BRASIL. Decreto Nº 6.040, de 07 de fevereiro de 2007. Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. Brasília, DF: Presidência da República, [2007a]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6040.htm. Acesso em: 19 ago. 2020.

BRASIL. Instrução Normativa Nº 02, de 20 de agosto de 2009. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, [2009]. Disponível em: https://www.icmbio.gov.br/cecav/images/download/IN%2002_MMA_criterios_210809.pdf. Acesso em: 15 jun. 2020.

BRASIL. Instrução Normativa Nº 26, de 04 de julho de 2012. Estabelece diretrizes e regulamenta os procedimentos para a elaboração [...]. Brasília, DF: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, [2012b]. Disponível em: http://www.ibama.gov.br/component/legislacao/?view=legislacao&legislacao=127538. Acesso em: 10 jun. 2020.

BRASIL. Instrução Normativa Nº 05, de 19 de maio de 2016. Estabelece os procedimentos para Compensação de Reserva Legal [...]. Brasília, DF: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, [2016]. Disponível em: https://ava.icmbio.gov.br/pluginfile.php/108/mod_data/content/3305/INSTRU%C3%87%C3%83O%20NORMATIVA%20N%C2%BA%2005,%20DE%2019%20DE%20MAIO%20DE%202016.pdf. Acesso em: 10 jun. 2020.

BRASIL. Lei Nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal [...]. Brasília, DF: Presidência da República, [2000]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm. Acesso em: 15 jun. 2020.

BRASIL. Lei Nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Institui o novo Código Florestal Brasileiro. Brasília, DF: Presidência da República, [2012a]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm. Acesso em: 15 jun. 2020.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Biodiversidade e Florestas, Departamento de Áreas Protegidas. Informe nacional sobre áreas protegidas no Brasil. Brasília, DF: MMA, 2007b.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Cadastro de Unidades de Conservação. Ministério do Meio Ambiente, Brasília, DF, 2019. Disponível em: www.mma.gov.br/cadastro_uc. Acesso em: 30 ago. 2020.

BRASIL. Portaria Nº 767, de 31 de agosto de 2018. Constitui Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI), com a finalidade de construir termo de compromisso com moradores e ex-moradores da região conhecida como "Retiro" e vale do Rio Bocaina, dentro dos limites do Parque Nacional da Serra do Cipó. Diário Oficial da União, nº 171, Seção 1, p. 45, 04 set. 2018.

BRECHIN, S. R. et al. (ed.). Contested nature: promoting international biodiversity and social justice in the twenty-first century. New York: State University of New York Press, 2003.

BRITO, M. C. W. Unidades de Conservação: intenções e resultados. São Paulo: Annablume/FAPESP, 2000.

BRUNER, A. G.; GULLISON, R. E.; FONSECA, G. A. B. Efectiveness of parks in protecting tropical biodiversity. Science, [s. l.], n. 291, p. 125-128, 2001.

CANASTRA. Projeto. Canastra: justiça e reconciliação, [s. l.], s. d. Projeto. Disponível em: https://jfpassos.wixsite.com/conciliarcanastra/projeto. Acesso em: 30 abr. 2021.

CARDOSO, S. N. Conflitos e percepções socioambientais na Serra do Cipó: os bichos e as pessoas em meio ao Parque Nacional. 2017. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Socioambientais) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2017.

CETEC. Principais atividades realizadas para a Implantação do Parque Estadual da Serra do Cipó́. Belo Horizonte: CETEC, 1982. 83 p. (Relatório).

CHEADE, M. F. A Regularização fundiária de unidades de conservação federais: termos, normas, estrutura e procedimentos: Subsídios para conhecer o processo. 2015. Dissertação (Mestrado em Botânica Tropical) – Escola Nacional de Botânica Tropical, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015.

COSTA FILHO, A. Povos e comunidades tradicionais: por um outro desenvolvimento. In: PAULA, A. M. N. R. et al. (org.). Povos e comunidades tradicionais: contribuições para um outro desenvolvimento. Montes Claros: Unimontes. 2016. p. 180-201.

COSTA FILHO, A. Laudo Pericial Histórico-Antropológico entregue à Justiça Federal, Seção Judiciária de Passos, no âmbito da Ação Civil Pública, processo no. 3407-92.2014.4.01.3804. Passos: [s. n.], 2018.

CREADO, E. S. J.; MENDES, A. B. V.; FERREIRA, L. C.; CAMPOS, S. V. Entre tradicionais e modernos: negociações de direitos em duas unidades de conservação da Amazônia brasileira. Ambiente & Sociedade, Campinas, v. XI, n. 2, p. 255-271, 2008.

CRUTZEN, P. J.; STOERMER, E. F. O antropoceno. PISEAGRAMA, Belo Horizonte, 06 nov. 2015. Disponível em: https://piseagrama.org/o-antropoceno/. Acesso em: 28 ago. 2020.

CUNHA, M. C.; BARBOSA, S. B. M.; ADAMS, C. (org.). Povos tradicionais e biodiversidade no Brasil: contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais para a biodiversidade, políticas e ameaças. São Paulo: SBPC, 2021.

DAS, V.; POOLE, D. El Estado y sus márgenes. Etnografías comparadas. Cuadernos de Antropología Social, Buenos Aires, n. 27, p. 19-52, 2008.

DIEGUES, A. C. O mito moderno da natureza intocada. São Paulo: Hucitec, 2000a.

DIEGUES, A. C. (org.) Etnoconservação: novos rumos para a proteção da natureza nos trópicos. São Paulo: NUPAUB/USP: Annablume: Hucitec, 2000b.

DIEGUES, A. C.; MOREIRA, A. C. (org.). Espaços e recursos naturais de uso comum. São Paulo: NUPAUB-USP, 2001.

FALEIRO, R. P. Unidade de Conservação versus Terra Indígena, um Estado em conflito: estudo da influência da pessoa na gestão pública. 2005. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade de Brasília, Brasília, 2005.

FEENY, D.; BERKES, F.; McCAY, B. J.; ACHESON, J. M. A tragédia dos comuns: vinte e dois anos depois. In: DIEGUES, A. C.; MOREIRA, A. C. (org.). Espaços e recursos naturais de uso comum. São Paulo: NUPAUB-USP, 2001. p. 17-42.

FERREIRA, I. V. Unidades de conservação da natureza em terras indígenas no Brasil: conflitos e potenciais de transformação. 2018. Tese (Doutorado em Ciências Humanas) – Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2018.

FERREIRA, L. C. Dimensões Humanas da Biodiversidade: conflitos em torno de áreas protegidas no Brasil. Ambiente & Sociedade, Campinas, v. 7, n. 1, p. 5-29, 2004.

FERREIRA, R. Unidades de Conservação atingem recordes de visitação em 2021. Wikiparques, [s. l.], 13 abr. 2022. Disponível em: https://www.wikiparques.org/noticias/parques-nacionais-atingem-recorde-de-visitacao-em-2021/. Acesso em: 10 maio 2022.

FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.

FOUCAULT, M. A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: Nau Editora, 1999.

FREITAS, I. O. S. Uma etnoecologia abrangente dos “retireiros”: compreendendo conflitos entre o Parque Nacional da Serra do Cipó e a comunidade local. 2015. Monografia (Graduação em Ciências Socioambientais) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015.

FREITAS, R. Brumadinho: bombeiros encontram corpos mais de oito meses após desastre. G1, Belo Horizonte, 29 set. 2009. Disponível em: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2019/09/29/brumadinho-bombeiros-encontram-corpo-mais-de-oito-meses-apos-desastre.ghtml. Acesso em: 16 out. 2019.

GUANAES, S. A. Meu quintal não é parque: populações tradicionais e gestão ambiental no Parque Nacional da Chapada dos Diamantes – BA. 2006. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2006.

HARDIN, G. The tragedy of the commons. Science, Nova York, n. 162, p. 1243-1248, 1968. Disponível em: https://science.sciencemag.org/content/sci/162/3859/1243.full.pdf. Acesso em: 10 ago. 2020.

ICMBIO. Relatório de gestão do exercício 2013. Brasília, DF: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2014. Disponível em: https://www.gov.br/icmbio/pt-br/acesso-a-informacao/transparencia-e-prestacao-de-contas/relatorios-de-gestao/Relatorio_de_Gestao_TCU_2013.pdf. Acesso em: 6 out. 2022.

ICMBIO. Nota Técnica nº 2/2017/COGCOT/CGSAM/DISAT/ICMBio, de 17 de janeiro de 2017. Brasília, DF: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2017.

ICMBIO. Serra da Canastra regularizará áreas através da CRL. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Brasília, DF, 31 out. 2018. Disponível em: http://www.icmbio.gov.br/portal/ultimas-noticias/20-geral/10048-serra-da-canastra-regulariza-area-atraves-da-crl. Acesso em: 30 abr. 2021.

IORIS, E. A forest of disputes: struggles over spaces, resources, and social identities in Amazonia. 2005. Tese (Doutorado em Filosofia) – Universidade da Flórida, Flórida, 2005.

IPBES. Summary for policymakers of the global assessment report on biodiversity and ecosystem services of the Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services. Bonn: Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services, 2019.

IPHAN. Modo artesanal de fazer queijo de Minas. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Brasília, DF, 2014. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/65. Acesso em: 28 abr. 2021.

IRIB. ICMBIO: compensação de Reserva Legal bate recorde em 2018. Instituto de Registro Imobiliário o Brasil, São Paulo, 19 dez. 2018. Regularização fundiária. Disponível em: https://www.irib.org.br/noticias/detalhes/icmbio-compensacao-de-reserva-legal-bate-recorde-em-2018. Acesso em: 01 maio 2019.

IRVING, M.; GARAY, I. Áreas Protegidas no Brasil: interpretando o contexto histórico para pensar a inclusão social. In: IRVING, M. (org.). Áreas Protegidas e inclusão social. construindo novos significados. Rio de Janeiro: Fundação BIO-RIO/Núcleo de Produção Editorial Aquarius/NADC-UFRJ, 2005. p. 15-40.

KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

LINDOSO, L. C. Recursos de Uso Comum nos Gerais do Jalapão: uma análise institucionalista do Termo de Compromisso com populações tradicionais no interior de unidades de conservação. 2014. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional) – Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, Universidade Federal do Tocantins, Palmas, 2014.

LOBÃO, R. Cosmologias políticas do neocolonialismo: como uma política pública pode se transformar em política do ressentimento. 2006. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade de Brasília, Brasília, 2006.

MADEIRA, J. A.; ANDRADE, C. F.; FRANCIS, P. A.; CASTRO, D. M. P; BARBANTI, O.; CAVALLINI, M. M.; MELO, M. M. Interfaces e sobreposições entre unidades de conservação e territórios de povos e comunidades tradicionais: dimensionando o desafio. In: SEMINÁRIO BRASILEIROS SOBRE ÁREAS PROTEGIDAS E INCLUSÃO SOCIAL, 7.; ENCONTRO LATINO AMERICANO SOBRE ÁREAS PROTEGIDAS E INCLUSÃO SOCIAL, 2., 2015, Florianópolis. Anais [...]. Florianópolis: UFSC, 2015. p. 617-626.

MBEMBE, A. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. São Paulo: Editora N-1, 2016.

MBEMBE, A. Políticas da inimizade. Lisboa: Antígona, 2017.

MCKEAN, M. A.; OSTROM, E. Regimes de propriedade comum em florestas: somente uma relíquia do passado? In: DIEGUES, A. C; MOREIRA, A. C. (org.), Espaços e recursos naturais de uso comum. São Paulo: NUPAUB/USP, 2001. p. 79-96.

MENDES, A. B. V. Conservação ambiental e direitos multiculturais: reflexões sobre justiça. 2009. Tese (Doutorado em Ambiente e Sociedade) – Programa de Doutorado em Ambiente e Sociedade, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2009.

MENDES, A. B. V. Laudo antropológico das famílias tradicionais do Retiro/Vale da Bocaina: Processo ICMBio Nº 02128.002372/2018-05. Vale da Bocaina: Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais, Departamento de Antropologia e Arqueologia, Universidade Federal de Minas Gerais, 2018. 40 p. (Laudo Técnico).

MENDES, A. B. V.; FARIA, E.; SIMÕES, E. Povos e comunidades tradicionais no Brasil: uma perspectiva socioantropológica. In: FERREIRA, L. C. et al. (org.). Clima de tensão: ação humana, biodiversidade e mudanças climáticas. Campinas: Editora da Unicamp, 2017. p. 451-473.

PIMENTEL, T. Mais de 10% das barragens de Minas Gerais estão em situação de emergência. G1, Belo Horizonte, 01 out. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2020/10/01/mais-de-10percent-das-barragens-de-minas-gerais-estao-em-situacao-de-emergencia.ghtml. Acesso em: 22 abr. 2021.

RANCAN, G. A. Em busca de autonomia: perspectivas e estratégias relacionadas a conflitos ambientais e urbanos em comunidades com sobreposição territorial ao Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, SP. 2016. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2016.

REIS, P. H. A perspectiva da gestão de fogo em parques nacionais: estudo sobre o Parque Nacional da Serra do Cipó (MG). 2017. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Socioambientais) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2017.

RIBEIRO, B. G. Proteção integral e lugares vividos: termos de compromisso como solução negociada de conflitos em unidades de conservação. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Socioambientais) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2014.

RICARDO, F. (org.). Terras Indígenas e Unidades de Conservação da natureza: o desafio das sobreposições, São Paulo: ISA, 2004.

SANT’ANA JÚNIOR, H. A.; RIGOTTO, R. M. (org.). Ninguém bebe minério: águas e povos versus mineração. Rio de Janeiro: 7Letras, 2020.

SANTILLI, J. Socioambientalismo e novos direitos. São Paulo: ISA, 2005.

SANTOS, B. S. Construindo as epistemologias do Sul: antologia essencial. 1. ed. Buenos Aires: CLACSO, 2018.

SILVEIRA, P. C. B. Povo da terra, terra do parque: presença humana e conservação de florestas no Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR). 2001. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2001.

SIMÕES, E. Enfrentando o dilema de populações no Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar: Gestão Integrada entre Técnicos, Caiçaras e Quilombolas. 2008. Relatório de qualificação de doutorado (Doutorado em Ambiente e Sociedade) – Programa de Doutorado em Ambiente &Sociedade, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2008.

SOUZA, L. V. O retiro em meio ao Parque Nacional da Serra do Cipó: lugar, normas resistências e flexibilizações. 2017. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2017.

TALBOT, V. Termos de compromisso: histórico e perspectivas como estratégia para a gestão de conflitos em unidades de conservação federais. 2016. Dissertação (Mestrado em Botânica Tropical) – Escola Nacional de Botânica Tropical, Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.

TJMG. Ação Civil Pública número 5013909-51.2019.8.13.0024, movida pelo Ministério Público de Minas Gerais e pelo Estado de Minas Gerais contra a mineradora Vale S.A. Belo Horizonte: Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, 2019. Disponível em https://www.tjmg.jus.br/data/files/96/B2/2C/51/F43E861069BBCD86A04E08A8/Peticao%20inicial%20MP%20Vale.pdf. Acesso em: 07 out. 2022.

TSING, A. L. Viver nas ruínas: paisagens multiespécies no Antropoceno. Brasília, DF: IEB/Mil Folhas. 2019.

VIANNA, L. P. Considerações críticas sobre a construção da ideia de população tradicional no contexto das Unidades de Conservação. 1996. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1996.

VIANNA, L. P. De invisíveis a protagonistas: populações tradicionais e unidades de conservação. São Paulo: Annablume: FAPESP, 2008.

WEST, P.; IGOE, J.; BROCKINGTON, D. Parks and people: the social impact of protected areas. Annual Rewiew of Anthropology. 35:251-77, 2006.

ZHOURI, A. (org.). Justiça ambiental, diversidade cultural e accountability: desafios para a governança ambiental. Rev. bras. Ci. Soc., [s. l.], v. 23, n. 68, p. 97-107, 2008.

ZHOURI, A. Desenvolvimento, reconhecimento de direitos e conflitos territoriais. Brasília, DF: ABA, 2012.

ZHOURI, A.; LASCHEFSKI, K. (org.). Desenvolvimento e conflitos ambientais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

ZHOURI, A.; VALENCIO, N. (org.). Formas de matar, de morrer e de resistir: limites da resolução negociada de conflitos ambientais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.

ZUCARELLI, M. C. A matemática da gestão e a alma lameada: crítica à mediação em licenciamentos e desastres na mineração. Campina Grande: EDUEPB, 2021.




DOI: http://dx.doi.org/10.18542/ncn.v25i3.10424

Indexadores 

            

          

 

 

Flag Counter

Print ISSN: 1516-6481 – Eletrônica ISSN: 2179-7536