Logo do cabeçalho da página Novos Cadernos NAEA

A inserção das cidades na configuração da fronteira amazônica: um estudo de morfologia urbana na região de Carajás, 2010 - 2020

José Júlio Ferreira Lima, Lucas França Rolim

Resumo

O artigo busca analisar a criação de centralidades e a expansão na morfologia urbana de cinco cidades-sedes municipais da região de Carajás. Evidenciam-se padrões espaciais caracterizáveis a partir da conversão de terra rural em urbana. Emprega-se como metodologia o exame das bases de logradouros do IBGE por meio da sintaxe espacial para mensurar incrementos na malha urbana das cinco sedes municipais entre 2010 e 2020. Os resultados demonstram diferentes graus de integração pelo entrelaçamento dos espaços viários e públicos que das antigas centralidades com os sistemas viários de novos empreendimentos que esgarçam os centros urbanos até o estabelecimento de novas centralidades dependentes do aproveitamento da infraestrutura pública rodoviária por incorporadoras imobiliárias privadas.


Palavras-chave

Centralidades urbanas. Expansão urbana. Morfologia urbana. Região de Carajás.


Texto completo:

PDF

Referências


BECKER, B. K. Cidades Amazônicas: Surtos Econômicos e Perspectivas. Espaço Aberto, 3, n. 1, p. 7-18, 2013.

BURDETT, R.; HANSON, J.; HILLIER, B.; HUDSON, J. et al. Space Syntax, a different urban perspective. Architects’ Journal, p. 47-63, 1983.

CARDOSO, A. C. D.; CÂNDIDO, L. S.; MELO, A. C. C. D. Canaã dos Carajás: um laboratório sobre as circunstâncias da urbanização, na periferia global e no alvorecer do século XXI. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, 20, n. 1, p. 121, 2017.

CARDOSO, A. C. D.; LIMA, J. J. F. Tipologias e padrões de ocupação urbana na Amazônia Oriental: para que e para quem. Belém-PA: EDUFA, 2006.

CARDOSO, A. C. D.; LIMA, J. J. F. A influência do governo federal sobre cidades na Amazônia: os casos de Marabá e Medicilândia. Novos Cadernos NAEA, 12, n. 1, 2009.

CASTELLS, M. A questão urbana. Sociedade Editorial e Distribuidora Ltda., 1975.

CHRISTALLER, W. Central places in southern Germany. New Jersey: Prentice-Hall, 1966. 230 p.

CORRÊA, R. L. A periodização da rede urbana da Amazônia. Revista Brasileira de Geografia, 4, n. 3, p. 39-68, 1987.

HARVEY, D. Social Justice and the City. Edward Arnold, 1973.

HARVEY, D. The geography of capitalist accumulation: a reconstruction of the Marxian theory. Antipode, 7, n. 2, p. 9-21, 1975.

HARVEY, D. Social Justice in the City. Blackwell, 1988.

HARVEY, D. The Condition of Postmodernity: An Enquiry Into the Origins of Cultural Change. Blackwell, 1989.

HARVEY, D. Os limites do capital. Tradução LOPES, M. Boitempo, 2013.

HARVEY, D. O enigma do capital: E as crises do capitalismo. Boitempo Editorial, 2015.

HILLIER, B. A theory of the city as object: or, how spatial laws mediate the social construction of urban space. Urban Design International, 7, n. 3-4, p. 153-179, 2002.

HILLIER, B.; HANSON, J. The Social Logic of Space. Cambridge: Cambridge University Press, 1984.

HILLIER, B.; IIDA, S. Network and Psychological Effects in Urban Movement. In: COHN, A. G. e MARK, D. M. (Ed.). Spatial Information Theory. Springer Berlin : Heidelberg, 2005. p. 475-490.

HILLIER, B.; LEAMAN, A.; STANSALL, P.; BEDFORD, M. Space Syntax. Environment and Planning B: Planning and Design, 3, n. 2, p. 147-185, 1976.

HILLIER, B.; TURNER, A.; YANG, T.; PARK, H. Metric and topo-geometric properties of urban street networks. 6th International Symposium on Space Syntax, 2007.

IBGE. Base de Faces de logradouros do Brasil - 2010. ( 15- Estado do Pará), Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/ geociencias/downloads-geociencias.html?caminho=recortes_para_fins_ estatisticos/malha_de_setores_censitarios/censo_2010/base_de_faces_de_ logradouros_versao_2010.

IBGE. Divisão regional do Brasil em Regiões Geográficas Imediatas e Regiões Reográficas Intermediárias. Rio de Janeiro: IBGE 2017.

IBGE. Base de Faces de logradouros do Brasil - 2019. (15 - Estado do Pará), Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/ geociencias/downloads-geociencias.html?caminho=recortes_para_fins_ estatisticos/malha_de_setores_censitarios/censo_2010/base_de_faces_de_ logradouros_versao_2019.

LEFEBVRE, H. The Production of Space. Blackwell, 1991.

LEFEBVRE, H. A revolução urbana. Belo Horizonte. Humanitas, 1999.

MEDEIROS, V. Urbis brasiliae: o labirinto das cidades brasileiras. UnB, 2013.

MELO, A. C.; CARDOSO, A. C. Cidade para quem? O descompasso entre políticas ambientais e urbanas na periferia do capitalismo. Cadernos de Arquitetura e Urbanismo, 21, n. 29, p. 82-103, 2014.

MELO, A. C. C. Modernização e transformações recentes nos processos intra-urbanos no sudeste do Pará. 2015. (Dissertação de Mestrado) - Instituto de Tecnologia, Universidade Federal do Pará, Belém.

MONTEIRO, M. A.; SILVA, R. P. Expansão geográfica, fronteira e regionalização: a região de Carajás. Confins. Revue franco-brésilienne de géographie/Revista franco-brasilera de geografia, n. 49, 2021.

MOUDON, A. V. Urban morphology as an emerging interdisciplinary field. Urban morphology, 1, n. 1, p. 3-10, 1997.

NETO, R. D. S. V.; LIMA, J. J. F. A produção financeirizada de habitação de mercado em Belém, PA. Anais ENANPUR, 17, n. 1, 2017.

REGO, R. L.; MENEGUETTI, K. S. Planted towns and territorial organization: the morphology of a settlement process in Brazil. Urban morphology, 14, n. 2, p. 101, 2010.

TRINDADE JUNIOR, S.-C. C. D. Thinking about territorial modernization and diffuse urbanization in the Amazon. Mercator, 14, n. 4, p. 93-106, 2015.




DOI: http://dx.doi.org/10.18542/ncn.v25i4.12849

Indexadores 

            

          

 

 

Flag Counter

Print ISSN: 1516-6481 – Eletrônica ISSN: 2179-7536