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A sustentabilidade da pesca amazônica: estudo comparativo entre a pesca artesanal e industrial na captura da pescadinha-gó Macrodon ancylodon na Costa Norte, Brasil (Paper 373)

Inailde Corrêa de Almeida, Rosália Furtado Cutrim Souza, Adriana Figueiredo Fonseca

Resumo

Os recursos pesqueiros economicamente importantes devem ser cada vez mais estudados, em busca do manejo sustentável do estoque pesqueiro. Diante disso, o objetivo do estudo é comparar o comprimento médio de captura da pescada-gó entre as distintas artes de pesca (curral, rede de emalhe e rede de arrasto), além do percentual de jovens capturados por elas. Os dados biométricos foram coletados nos anos de 1997 a 2008, do controle de desembarque de pescado nos municípios de Bragança, Vigia de Nazaré, Curuçá, São João de Pirabas e Belém, procedentes da pesca artesanal e industrial. E para o cálculo das médias de comprimento foi utilizado teste t de Student. Encontramos uma maior concentração de jovens nos meses de abril a outubro para a maioria dos anos, justificada pela maior disponibilidade de alimento no período. As pescarias dos currais e de rede de arrasto apresentaram percentual superior a 50% de captura de jovens, enquanto a rede de emalhar obteve abaixo de 20% na média. Na comparação das médias de comprimento da espécie entre as frotas, apetrecho e os anos amostrados o teste t mostrou que as médias de comprimento são estatisticamente diferentes, e a espécie vem sofrendo sobrepesca. Concluímos que a possibilidade da “tragédia dos comuns” surge no momento de sobrepesca, e por isso é necessário gerar mudanças na mentalidade dos agentes e legisladores a incentivar a sustentabilidade da pesca.

Palavras-chave: Pesca Artesanal. Pescada-Gó. Manejo Sustentável.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v1i1.11092

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