A sustentabilidade da agricultura na Amazônia (Paper 278)
Resumo
A sustentabilidade da agricultura na Amazônia é, sobretudo, uma questão política. Como fruto da ação política de movimentos organizados de agricultores familiares e extrativistas da Amazônia, aliada a movimentos urbanos e movimentos ambientalistas nacionais e internacionais, observa-se uma enorme transformação no setor primário da região. A partir da criação das reservas extrativistas, da reorientação do FNO para pequenos produtores e do incentivo de novos governos regionais, pululam na Amazônia experiências exitosas de agricultura sustentável. A tônica se dá na implantação de sistemas produtivos diversificados onde a natureza é uma aliada, e o conhecimento local e a biodiversidade constitui a base da produção. Um maior avanço desta forma de agricultura, no entanto, esbarra ainda na deficiência na geração e difusão de conhecimentos sobre consórcios e sistemas agroflorestais diversificados capazes de elevar a produtividade tanto do pequeno produtor familiar, quanto do setor de processamento agroindustrial. O desafio que se coloca é aliar a sustentabilidade ecológica da agricultura diversificada à sustentabilidade econômica do pequeno produtor em busca da reprodução familiar. O processamento agroindustrial em associações e cooperativas dos produtos agrícolas e extrativistas aponta para soluções. No entanto estas enfrentam percalços no que toca aos arranjos institucionais na relação com o mercado e com seus associados, já que a organização dos processos industriais e de comercialização deve estar subordinada ao caráter diversificado e sustentável da produção extrativista e agrícola.
Palavras-Chave: Sustentabilidade. Agricultura. Amazônia.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v20i1.11337
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