Lugar e significado da gestão Pombalina na economia colonial do Grão-Pará (Paper238)
Resumo
A historiografia sobre o período colonial na Amazônia supõe uma realidade moldada pela oposição entre um projeto colonial agrícola e a ocorrência de situações concretas de economias extrativistas, a depender da disponibilidade de capital a ser aplicado no principal meio de produção: o escravo negro. Um longo período de escassez de recursos teria conformado o ciclo da economia extrativista na Região, dominado pelas “drogas do sertão”, substituído por esforços da gestão pombalina por um ciclo agrícola. A gestão pombalina seria a inflexão para uma dinâmica estruturada pela agricultura que, alimentada adiante por conjunturas do mercado mundial, sobretudo as ligadas à guerra da independência americana, só encontraria limitação importante na emergência do novo ciclo extrativista centrado na borracha. Os resultados aqui discutidos não demonstram ser o período pombalino o momento em que, enfim, se estabeleceram os fundamentos da economia amazônica. Trata-se, na verdade, de fundamental e criativo momento de uma trajetória que, todavia, já iniciara quase ¾ de século antes, se impôs ao protagonismo reformador que marcou o período e dele recebeu condicionantes que marcaram indelevelmente a história da Região até os dias atuais.
Palavras-chaves: Marquês de Pombal. Economia. Amazônia. Período colonial.
Texto completo:
PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v18i1.11391
Apontamentos
- Não há apontamentos.