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O arranjo produtivo mínero-metalúrgico em Barcarena (PA): gênese e desenvolvimento (Paper 181)

Maurílio de Abreu Monteiro

Resumo

As três empresas que atualmente são responsáveis pela valorização de caulim na Amazônia oriental brasileira foram implantadas em períodos históricos distintos. A primeira delas surgiu, nos anos 70, no âmbito do gigantesco Projeto Jari. Tratava-se de momento no qual tentativas estratégicas de modernização regional foram implementadas sob a égide de um Estado nacional desenvolvimentista, centralizador e autoritário, para o qual era imperioso “ocupar” a Amazônia. Tal intento se procurou alcançar por meio de políticas públicas que pressupunham a intervenção do Estado nacional como indutora de dinâmicas de crescimento econômico polarizado, estabelecido através de firme articulação com certos interesses privados. A duas outras empresas iniciaram a sua operação, nos anos 90, momento no qual há uma mudança significativa nos discursos e nas práticas do Estado em relação aos processos de desenvolvimento. Houve um deslocamento de foco em relação ao papel do estado explicação de processos de desenvolvimento regional, o mercado passou a ser ungido como ente principal capaz de viabilizar tais processos. Todavia, em ambos os períodos, integrava o discurso oficial a predição de que o atendimento das demandas internacionais de commodities abriria a possibilidade de se implementarem processos de desenvolvimento e industrialização regionais.

Palavras-chave: Arranjo produtivo. Mineração . Metalurgia. Desenvolvimento.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v14i1.11538

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