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Sob o signo da identidade: os índios jurunas da TI Paquiçamba e a ameaça da UHE Belo Monte (Paper 183)

Márcia Pires Saraiva

Resumo

Os movimentos de reconstrução de identidades étnicas encontram-se no centro das discussões acadêmicas. Conforme Barth ([1969]1988), as distinções étnicas não dependem de uma ausência de interação social e aceitação, mas são, ao contrário, freqüentemente as próprias fundações sobre as quais são levantados os sistemas sociais englobantes. Por sua vez, Oliveira (1976) destaca que um dos fenômenos mais comuns no mundo moderno talvez seja o contato interétnico entendendo-se como tal às relações que têm lugar entre indivíduos e grupos de diferentes procedências “nacionais”, “raciais” ou “culturais”. Oliveira Filho (1994) discute o processo de invenção de cultura de etnias emergentes. No entender de Simonian (1993), as demandas por áreas territoriais podem consolidar processos de construção da identidade indígena. O presente artigo aborda a organização política dos Juruna residentes na Terra Indígena – TI Paquiçamba, junto ao rio Xingu, estado do Pará. Estes Juruna encontram-se na área de impacto global do empreendimento da Usina Hidrelétrica – UHE Belo Monte e a partir de 2000 iniciaram um movimento de externar a identidade indígena e com isso demonstrarem sua “existência” em defesa de seu território.

Palavras-chave: Identidade. Índios juruna. UHE.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v14i1.11539

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