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Forças Armadas, Geopolítica e Amazônia (Paper 156)

Catherine Prost

Resumo

As forças armadas brasileiras, especialmente o Exército, se destacam pela forte ligação com a geopolítica, ilustrada pela criação de uma verdadeira escola geopolítica nacional, mas igualmente pela aplicação das teorias tanto por governos civis como militares. As forças armadas desempenharam importante papel, não na fase de expansão territorial, mas sim na manutenção da unidade e integridade territorial. A guerra do Paraguai constitui um marco a partir do qual as forças armadas vão se tornar potentes no cenário político nacional, privilegiando a atuação interna de integração nacional. O regime militar entre 1964 e 1985 representa o ápice da influência da geopolítica no país, incluindo um severo controle da população e uma ambiciosa política de ocupação e de exploração econômica da Amazônia, cujo saldo revela muitos resultados opostos aos objetivos anunciados. De volta aos quartéis, os militares passam por um período difícil de “crise existencial” no que se refere à organização, orçamento e missões. Para superar esta situação, o discurso militar se moderniza, dando ênfase à proteção da Amazônia; vários projetos são propostos em nome das novas preocupações: as atividades ilícitas e a proteção ambiental.

Palavras-chave: Exército. Geo-história. Geopolítica da Amazônia. SIVAM/SIPAM.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v9i1.11675

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