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Tradição e modernidade: a propósito de formas de trabalho na Amazônia (Paper 097)

Edna Maria Castro

Resumo

Este artigo se propõe a discutir a noção de trabalho a partir de observações sobre a diversidade de processos de trabalho e padrões de gestão, estreitamente relacionados, mas que tem sido tratados separadamente pela leitura sobre o assunto. Trata-se de examinar, dentro das modalidades de organização da produção encontradas na Amazônia contemporânea alguns aspectos do trabalho desenvolvido por populações ditas tradicionais ou organizadas em unidades de pequena produção familiar e situações de trabalho assalariado em pequenas e médias empresas. Pretendemos tecer também considerações sobre os padrões modernos de gestão do trabalho em empresas de grande porte do setor minero-metalúgico e as formas de articulação com as anteriores. Certamente o ritmo das mudanças encontradas nessa região vem sendo ditado pelas transformações no mundo do trabalho. As estruturas de produção tradicionais, em diversos setores - agricultura, indústria e serviços - foram alteradas, em graus diversos e com intensidade variada. Mas, apesar de tais mudanças permanecem e, em certas situações até mesmo reforçam-se padrões tradicionais de representar e realizar o trabalho, inclusive no campo político com relações de produção sob dominação paternalista. Perguntamos, portanto, em que o conceito de trabalho sobretudo na sua vinculação clássica à relação salarial, pode iluminar-nos na compreensão de atividades tradicionais reatualizadas nesta região, apesar do avanço da fronteira industrial.

Palavras-chave: Organização do trabalho. Populações tradicionais. Agricultura familiar. Assalariados.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v7i1.11840

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