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Fronteira e campesinato no trópico úmido (Paper 060)

Indio Campos

Resumo

Graças à pressão política organizada, assiste-se atualmente a uma reversão parcial dos fluxos de financiamento para agricultura na Amazônia. gesta-se um ambiente propício à expansão da pequena produção familiar. Em muitos casos, esta reorienta seus esforços para a implantação de culturas perenes. A discussão em torno da sustentabilidade de tal iniciativa no remete à análise de outras experiências de cultivo de culturas perenes no trópico úmido. Na Malásia, após a derrocada da "plantation" colonial, o Estado promove a colonização planejada da fronteira, fortalecendo a pequena produção familiar de culturas perenes de exportação. Obtém-se uma forte ressonância na economia como um todo, à taxas relativamente baixas de destruição da floresta tropical úmida. Na Costa do Marfim, por sua vez, a expansão do cultivo do cacau, com base na pequena produção familiar, dá-se em detrimento da floresta tropical úmida. O maior rendimento do trabalho no cultivo em áreas incultas inviabiliza a renovação das plantações nas áreas antigas. A destruição das reservas de floresta nativa contribuiu para o colapso da economia marfinense, que passa a apresentar taxas negativas de crescimento a partir dos anos 80. Conclui-se que as políticas para a Amazônia devem se pautar pela promoção de formas econômica e ecologicamente sustentáveis de agricultura. Para tal, se fazem necessárias pesquisas multidisciplinares e ações planejadas de implementação de políticas apropriadas.

Palavra-chave: Fronteira. Campesinato. Trópico úmido.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v5i1.11915

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