Mudanças nas estratégias econômicas das comunidades ribeirinhas na APA ilha do Combu, Belém, Pará, Brasil (Paper 556)
Resumo
O extrativismo na Amazônia pode ser dividido em dois tipos: o madeireiro e o não madeireiro, que é denominado de extrativismo de Produto Florestal não Madeireiro (PFNM), o qual é uma alternativa de preservação e conservação dos recursos ambientais com empoderamento das populações extrativistas. O objetivo desse artigo é analisar as estratégias econômicas utilizadas pelos ribeirinhos da Área de Proteção Ambiental Ilha do Combu, onde se avaliou o que mudou em relação ao extrativismo de PFNM ao longo de 30 anos. Para que pudessem ser comparados os valores reais entre os de Anderson e Ioris (1992) e os atuais coletados nessa pesquisa, calculou-se a quantidade de cestas básicas que cada família conseguia comprar com seu salário arrecado nos períodos da safra e entressafra do açaí e com o extrativismo do cacau. As principais atividades destacadas na década de 1990 foram a coleta de frutos de açaí com extração do palmito, coleta da fruta e semente de cacau, pesca de peixe e camarão, criação de porcos e extração da borracha. Novas atividades foram registradas no ano de 2021, tais como transporte de passageiros para atendimento do turismo e o intenso crescimento da atividade de restaurantes (proprietários e mão de obra), em decorrência do aumento no fluxo de pessoas. Ainda hoje, a alta renda se dá principalmente pela especialização em uma única atividade lucrativa, no caso o extrativismo do fruto do açaí. Já na estação chuvosa, ocorre uma maior diversificação da produção, ou seja, os ribeirinhos utilizam de outras atividades econômicas (principalmente o extrativismo do cacau) que possibilitem o seu sustento no período da entressafra do açaí.
Palavras-chave: Extrativismo. Açaí. Economia. Estuário amazônico.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v1i1.15199
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