Linhas de alta tensão, linhas de resistência: conflitos e impactos hidrelétricos na Amazônia à luz da teoria dos comuns
Resumo
Tendo por base a teoria do espaço socialmente produzido e dos comuns, o presente artigo desenvolve uma análise crítica da reprodução das relações sociais de produção capitalistas na Amazônia. Para isso, toma-se como referência empírica a cidade paraense de Altamira e os rebatimentos do processo de modernização do espaço ocorrido em âmbito regional, principalmente a partir do estabelecimento de grandes projetos infraestruturais. O objetivo do trabalho é analisar a produção de territórios comuns associados ao rio Xingu e do comum como um princípio político em face do processo de modernização decorrente de projetos infraestruturais (turísticos, logísticos e principalmente hidrelétricos) ocorridos em Altamira. A partir da verificação empírica e de dados secundários (artigos científicos, teses, dissertações, documentos oficiais, históricos etc.) levantados e analisados, constatou-se que o processo modernizante associado à instalação da Hidrelétrica de Belo Monte desencadeou conflitos sociais e lutas para a manutenção de territórios comuns associados ao rio Xingu.
Palavras-chave: Capitalismo. Amazônia. Relação Cidade-Rio. Resistências. Comuns.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v28i2.8141
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