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A saga dos koutakusseis na Amazônia

Reiko Muto, Luis Eduardo Aragón

Resumo

Grosso modo, houve três grandes projetos de colonização agrícola na Amazônia de iniciativa dos japoneses: o Projeto Nantaku para plantação de cacau em Tomé-Açu (PA) e algodão em Monte Alegre (PA); o Projeto Koutaku de Parintins (AM), para plantação de juta e o Projeto Amako dedicado à plantação de guaraná em Maués (AM). Dos três, o Koutaku foi idealizado pelo político Tsukasa Uyetsuka (1890-1978) e pelo Professor Kotaro Tuji (1903-1970), para introduzir a cultura da juta no estado do Amazonas, após a concessão de um milhão de hectares de terras devolutas pelo governo do Amazonas em 1927. A doação voluntária das terras pelo governo amazonense visava estabelecer colônias agrícolas com imigrantes japoneses no intuito de superar a crise econômica gerada pela decadência da produção da borracha. À diferença dos outros dois projetos, e de certa forma, da migração dessa etnia em geral em terras brasileiras, o Projeto Koutaku envolveou participantes tecnicamente preparados, chamados de koutakusseis, que se dedicaram à cultura da juta que teve seus anos de glória entre as décadas de 1950 a 1970. Este paper descreve a saga dos koutakusseis e outros participantes do Projeto koutaku na Amazônia. São histórias de vida coletadas por Reiko Muto para elaboração da sua tese, que exemplificam os sofrimentos, sacrifícios, sonhos, sucessos e insucessos desses migrantes que chegaram com o firme propósito de “desvrabar a Amazônia” e estabelecer aqui seus próprios negócios e fazer desta terra um melhor lugar para morar.

Palavras-chave: Koutakusseis. Projeto Koutaku. Parintins. Amazônia. Migração japonesa .


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v28i3.8384

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