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Análise do índice de desflorestamento das terras indígenas Paquiçamba e Arara da Volta Grande do Xingu, da área diretamente afetada pela UHE Belo Monte entre os anos de 2000 e 2020

Luiz Mário de Arcanjo Turíbio, Gabriel Alves Veloso, Mateus Monteiro Lobato

Resumo

Desde a década de 1970 a prática do desflorestamento vem se intensificando na região da Amazônia, sendo assim, a Amazônia passou a sofrer com a retirada dos recursos naturais, cobertura vegetal, e a inserção de grandes empreendimentos, como é o caso da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHEBM). O fato do desflorestamento aumentar ano após ano na região Amazônica, coloca em risco a vida dos povos tradicionais. Destaca-se no presente trabalho a terras indígenas Paquiçamba e Arara da Volta Grande do Xingu, na qual elas estão inseridas na Área Diretamente Afetada (ADA). Dessa forma, foram analisados os índices de desflorestamento desde os anos 2000 a 2020, no qual o levantamento dos dados para o desenvolvimento da pesquisa foi utilizado às técnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto, para a análise dos índices. Estes dados foram obtidos na plataforma do Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo do Brasil (MapBiomas), para a elaboração dos mapas foi utilizado o software QGIS. Com a análise dos dados, pode-se verificar que o índice de desflorestamento se intensificou nas terras indígenas Paquiçamba e Arara da Volta Grande do Xingu dentre os anos de 2000 a 2020, sobretudo com a instalação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.


Palavras-chave

Geoprocessamento; Terra Indígena; Uso do Solo


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/reumam.v7i2.13938

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