Dinâmica de uso e ocupação da terra no município de Vitória do Xingu/PA entre os anos de 2010 a 2021
Resumo
A gestão dos recursos naturais tem sido pauta de discussões em todas as partes do mundo, sobretudo nas intervenções sofridas no meio natural pelas ações antropogênicas, que tem provocado sérios danos ao ecossistema. Neste contexto é de extrema importância a adoção de medidas que visem uma melhor gestão e monitoramento das florestal e dos rios da região Amazônica, ajudando em uma exploração de forma mais sustentável. Com isso este trabalho analisou a dinâmica de uso e ocupação da terra no Município de Vitória do Xingu, sendo subsidiada pelas geotecnologias, fez um estudo nos anos de 2010, 2015 e 2021. A metodologia utilizada foi à análise dos dados disponibilizados na Plataforma do Projeto de Mapeamento Anual do Uso e Cobertura da Terra no Brasil (MAPBIOMAS) no que resultou na elaboração de mapas temáticos de uso e ocupação da terra, no qual se constatou diversos impactos a área, sobretudo devido à instalação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHBM) que entre os anos analisados a classe hidrografia crescente mais de 100% de área devia a criação do lago artificial. Conclui-se que o município de Vitória do Xingu vem passando por um acelerado processo de mudança devido aos projetos governamentais, necessitando uma maior atenção quanto às formas de uso e ocupação do solo que tem influência diretamente no rio principal.
PALAVRAS-CHAVE: Impactos ambientais; Desmatamento; Projetos Governamentais; Vitória do Xingu.
Palavras-chave
Impactos ambientais; Desmatamento; Projetos Governamentais; Vitória do Xingu
Texto completo:
PDFReferências
BALIEIRO, B. T. S.; VELOSO, G. A. Análise multitemporal da cobertura do solo da Terra Indígena Ituna-Itatá através da classificação supervisionada de imagens de satélites. Revista Cerrados, v. 20, n. 02, p. 261–282, 2022. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/cerrados/article/view/5076. Acesso em: 19 dez. 2022.
BDIA. Banco de Dados de Informações Ambientais. Disponível em https://bdiaweb.ibge.gov.br/#/consulta/vegetacao. Acesso em: 20 dez. 2022.
COUDREAU, H. Viagem ao Xingu. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp, 1977, 165 p.
DE PAULA, Eder Mileno Silva et al. Compartimentação Geoecológica da Sub-Bacia do Baixo Rio Xingu–Amazônia Centro-Oriental, Brasil. Revista Equador, v. 5, n. 4, p. 128-150, 2016.
FEARNSIDE, P. A globalização do meio-ambiente: O papel da Amazônia brasileira. Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi. Zoologia, v. 18, n.2, p. 167-181, 2002.
FAPESPA. FUNDAÇÃO AMAZÔNIA DE AMPARO A ESTUDOS E PESQUISAS. Efetivo de rebanho bovino, 2015 a 2019. Disponível em: https://fapespa.pa.gov.br/sistemas/anuario2021/tabelas/economia/2.2-pecuaria/tab-2.2.1-efetivo-de-rebanho-bovino-2015-a-2019.htm. Acesso em: 19 dez. 2022.
GUILHERME JR., J. A. Territorialização da pecuária na Amazônia Paraense: uma análise na região de integração do Guamá, estado do Pará. 2022. 176 f. Tese (Doutorado) - Curso de Pós-Graduação em Geografia, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Dados Populacionais. Coordenação de Estimativas Sociais. 2021.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Banco de Informações Ambientais. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/informacoes-ambientais/geomorfologia/23382-banco-de-informacoes-ambientais.html. Acesso em: 19 dez. 2022.
IDESP. Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará. Estatística municipal 2013 – Vitória do Xingu: 6-44. Disponível em: www.idesp.pa.gov.br/paginas/ produtos/EstatisticaMunicipal/pdf/vtx.pdf. Acesso em: 25 setembro 2022.
IPCC. 2020. Climate Change 2020: Synthesis Report: Working Group contributions to the Fourth Assessment Report. Cambridge, United Kingdom and New York, NY, USA. Disponível em: http://www.ipcc.ch/pdf/assessment-report/ar4/syr/ar4_syr.pdf. Acesso em: 05 out. 2022.
LOPES, C. H. S. et al. Territorialização da atividade pecuária no Sudeste Paraense (Amazônia Brasileira). Revista Universidade e Meio Ambiente, v. 8, n. 1, p. 33-52, 2023.
MAPBIOMAS. Disponível em: http://mapbiomas.org. Acesso em: 10 de set. 2020.
MARINHO, J. A. M. As lutas camponesas e cercamento do médio Xingu (PA): a construção da hidrelétrica de Belo Monte. 2019. 291 f. Tese (Doutorado) – Curso de Pós-Graduação em Geografia Humana, Departamento de Geografia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019.
MENEZES, J, B.; BANDEIRA, O, M.; LEITE, D, T. A construção do complexo hidrelétrico de Belo Monte: quarta maior do mundo em capacidade instalada. Revista Brasileira de Engenharia de Barragens, v. 4, n. 4, 2017.
MIRANDA NETO, J. Q.; HERRERA, J. A. Expansão urbana recente em Altamira (PA): novas tendências de crescimento a partir da instalação da UHE Belo Monte. Ateliê Geográfico, Goiânia, v. 11, n. 3, p. 34–52, 2018. Disponível em: https://revistas.ufg.br/atelie/article/view/33766. Acesso em: 21 dez. 2022.
MIRANDA NETO, J. Q. Os nexos de re-estruturação da cidade e da rede urbana: o papel da Usina Belo Monte nas transformações espaciais de Altamira-PA e em sua região de influência. 378f. Tese (Doutorado em Geografia), Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2016.
MIRANDA NETO, J. Q. Grandes projetos e a “janela imobiliária”: a estratégia espacial das incorporadoras em Altamira-PA durante a construção da UHE Belo Monte. InterEspaço: Revista de Geografia e Interdisciplinaridade, p. e2023.10, 2023. Disponível em: https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/interespaco/article/view/20768. Acesso em: 14 abr. 2023.
ROCHA, G. M. A construção da usina hidrelétrica de Belo Monte e a dinâmica populacional e urbana de Altamira (PA). In: ARAGÓN, L. E. (Org.). Migração na Pan-Amazônia. Belém: NAEA, 2013, pp.197-208.
SANTOS, I. V.; PORRO, N. M.; PORRO, R. A Intervenção no Desmatamento e a Estabilidade na Propriedade da Terra: Estudo Comparativo entre duas Modalidades de Regularização Fundiária na Transamazônica, Brasil.
SILVA, N. P. C.; SANTOS, A. J. M.; VELOZO, G. A. Análise das modificações da terra e da água na TI Paquiçamba–Volta Grande do Xingu. Revista GeoAmazônia, v. 10, n. 19, p. 95-99, 2022.
TURÍBIO, L. M. de A.; VELOSO, G. A.; LOBATO, M. M. Análise do índice de desflorestamento das terras indígenas Paquiçamba e Arara da Volta Grande do Xingu, da área diretamente afetada pela UHE Belo Monte entre os anos de 2000 e 2020. Revista Universidade e Meio ambiente, v. 7, n. 2, p. 30-44, 2022.
DOI: http://dx.doi.org/10.18542/reumam.v8i2.15218
Apontamentos
- Não há apontamentos.
ISSN online 2595-9239