ACUMULAÇÃO DO CAPITAL, TECNOLOGIAS DIGITAIS E PRODUÇÃO MUSICAL INDEPENDENTE - DILEMAS E POSSIBILIDADES
Resumo
Este trabalho apresenta a questão da introdução das tecnologias digitais na indústria fonográfica e seu impacto nos negócios das grandes gravadoras - majors - bem como na produção musical independente. O problema de pesquisa se coloca a partir do contexto da transição entre regimes de acumulação no capitalismo, questionando-se como as novas tecnologias digitais e informacionais transformaram as etapas de produção e de distribuição de fonogramas, recriando também as condições de existência de um circuito independente de selos e artistas musicais. Paralelamente, o processo de reestruturação produtiva na indústria fonográfica aprofundou a tendência de desverticalização das cadeias produtivas, estabelecendo um novo patamar da divisão do trabalho entre as majors e os selos independentes. Metodologicamente, este trabalho utilizou-se de pesquisa bibliográfica e da interpretação de dados divulgados em relatórios de associações do mercado fonográfico nacional. A fundamentação teórica da argumentação aqui desenvolvida tem como referência a crítica da economia política, em especial o processo de circulação do capital. Por fim, identificou-se que, embora a produção de gravações musicais esteja cada vez mais saindo do monopólio das grandes gravadoras, a etapa de distribuição se mostra especialmente desafiadora para os artistas independentes, tendo em vista o poder que as majors crescentemente concentram sobre os processos de circulação na cadeia produtiva da indústria fonográfica.
Palavras-chave
Indústria musical; acumulação flexível; produção musical independente.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/conexoes.v10i2.17336
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