"NOVOS" MODELOS DE DESENVOLVIMENTO, VELHAS FORMAS DE DEPENDÊNCIA: O CASO DA BOLÍVIA
Resumo
Considerando que praticamente todos os países que foram colônias no passado se tornaram periféricos no capitalismo contemporâneo e estabeleceram relações de subordinação e dependência econômica e política em relação aos chamados países capitalistas centrais, desde o início do século XX foram apresentadas diversas interpretações sobre o significado de desenvolvimento e feitas propostas de caminhos mais adequados para países da América Latina. Neste artigo, são apresentados aspectos gerais de três dessas proposições: a da CEPAL, a da Teoria da Dependência e as associadas à noção de Bem Viver. Essa última é enfatizada tendo por base a Bolívia. Nesse país, como em alguns outros da América Latina, do início do século XXI até a segunda década desse século, verificou-se a consolidação no governo central de um grupo político ligado a movimentos sociais e que se disse comprometido com um efetivo desenvolvimento nacional. Todavia, nos sucessivos planos de desenvolvimento, foram apresentadas tentativas de conciliação entre classes e grupos com interesses antagônicos, expressas, sobretudo, no apoio à produção de commodities minerais e agrícolas. Na perspectiva de contribuir para o entendimento dessa dinâmica, aqui são demarcados os seguintes aspectos: abordagens sobre desenvolvimento e dependência na América Latina, relações históricas de dependência da Bolívia, tensões econômicas e sociais que resultaram no Governo Evo Morales e contradições dos planos desse governo, relativamente à pretensão de romper com as históricas relações de dependência
Palavras-chave
Modelos de desenvolvimento; Dependência; Bolívia; Bem Viver
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/conexoes.v10i2.17338
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